De acordo com o Índice de Desempenho Portuário de Contêineres (CPPI), publicado pelo Banco Mundial e pela S&P Global Market Intelligence, referente a 2024, o Porto de Dakar é o melhor classificado como o melhor porto de contentores da África Subsaariana. Uma melhoria impulsionada por investimentos em infraestrutura portuária e projetos que visam melhorar a conectividade terrestre com o Mali.
O CPPI avalia o desempenho dos portos de contentores com base no tempo total gasto pelos navios desde a chegada até a saída do cais, excluindo terminais especializados em granéis, hidrocarbonetos ou tráfego de passageiros.
Os números mostram uma forte melhoria para o Porto de Dakar, cuja pontuação subiu de -82 em 2023 para +23 em 2024, uma das mais altas do mundo.
Melhoria de desempenho deve-se a investimentos
Segundo o relatório, essa melhoria se deve ao facto de que "o porto, operado pela DP World desde 2008, se beneficiou de investimentos significativos (novos guindastes, expansão das áreas de armazenamento, sistema comunitário portuário)".
Além do mais, a infraestrutura foi fortalecida graças à modernização de estradas, à reabilitação da ferrovia para o Mali e à criação de um balcão único alfandegário, reduzindo atrasos.
Outros portos africanos também estão progredindo. O porto de Cotonou, no Benim, apesar de ainda apresentar uma pontuação negativa (-17), ganhou 226,7 pontos entre 2023 e 2024. Os portos sul-africanos da Cidade do Cabo e Coega (Ngqura) registraram recuperações significativas após um longo período entre os piores desempenhos, embora sua infraestrutura envelhecida e as longas esperas na âncora continuem sendo um obstáculo.
Portos de países de baixa renda mantêm-se abaixo da média
No continente, os portos do Norte da África continuam apresentando o melhor desempenho. Port Said, no Egito, ocupa o terceiro lugar globalmente, com uma pontuação de 137, enquanto Tânger-Médio, em Marrocos, ocupa o quinto lugar, com uma pontuação de 136, confirmando seu papel como importantes polos nas rotas marítimas que ligam a Ásia à Europa.
O relatório, no entanto, aponta que a maioria dos portos africanos, localizados em países de baixa renda, permanece abaixo da média global devido a limitações tecnológicas, humanas e institucionais. E, em alguns casos, os operadores preferem operações mais lentas, consideradas menos custosas quando o valor dos bens ou da infraestrutura é relativamente baixo.
C/ Barry Souleymane / Senenews
Foto: senenews.com
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