A Câmara Municipal da Praia realiza hoje a segunda edição do “Fórum Pensar a Cidade”, para encontrar outras medidas e soluções para a questão das construções clandestinas, situação volumétrica e gestão de espaços públicos que “são prementes”.
Sob o lema “Praia horizonte 2050 – Situação volumétrica, construções clandestinas e gestão de espaços públicos. Que soluções?”, o fórum visa reunir os diversos interessados em debater estas matérias e equacionar formas de trabalhar em conjunto para melhorar a eficácia no combate à proliferação das construções clandestinas.
Pretende-se ainda reforçar a vigilância e sensibilizar a todos no tocante às vantagens imanentes a se ter uma cidade planeada, organizada, inclusiva e sustentável.
Em declarações à imprensa, o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, reiterou algumas medidas já tomadas pela autarquia em relação às construções clandestinas, nomeadamente a assinatura do memorando de entendimento com os herdeiros de lotes de terrenos em São Martinho.
Um modelo, que conforme ajuntou o edil praiense, a câmara pretende replicar em relação a outras zonas da cidade, onde se está a confrontar com a questão das construções clandestinas.
“Em simultâneo, estamos a criar alternativas, regressamos com a medida de aforamento, estamos a desenhar planos detalhados para podermos garantir o acesso a lotes porque sabemos que as pessoas recorrem às construções clandestinas por não acreditarem mais nas instituições e, neste caso concreto, na câmara municipal que demora a responder e porque não veem nenhuma possibilidade de virem a ter lotes de uma forma regular”, frisou Francisco Carvalho.
“De maneira, que nós podemos dizer que temos um pacote de um conjunto de medidas que nós estamos a implementar neste momento”, acrescentou, ressalvando que o “Fórum Pensar Cidade” é para debater com técnicos e especialistas das diferentes áreas que irão ajudar a encontrar outras medidas, soluções e respostas, para além destas que a autarquia tem vindo a tomar.
O autarca sublinhou ainda que a edilidade está aberta ao diálogo para identificar, assim, novos caminhos, uma vez que a questão das construções clandestinas é “muito premente e está muito presente”, no município.
Francisco Carvalho espera, no final do fórum, recolher contributos, sugestões e medidas de políticas públicas dos diferentes actores da cidade, sobre as construções clandestinas e a situação volumétrica, uma questão “muito sensível”, e a gestão dos espaços públicos.
“Todos os dias debatemos com situações em que há solicitações de ampliação vertical e todos nós estamos cientes da escassez de solo de terreno aqui no nosso município, então cada vez mais há uma aposta na expansão vertical que tem colocado alguns desafios e conflitos”, mencionou Francisco Carvalho, apontando a necessidade de reflectir e debater sobre esta questão.
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