O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) manifestou-se esta sexta-feira, 18 de outubro, na cidade da Praia, “preocupado” com o “fraquíssimo desempenho” do Governo em matéria de segurança dos cidadãos, particularmente na cidade da Praia.
A preocupação foi manifesta em conferência de imprensa pelo membro do secretariado do partido, Paula Moeda, para chamar a atenção do Governo no sentido de intensificar e combater a “onda de criminalidade”.
Na ocasião Paula Moeda disse ainda estranhar o “silêncio” da Comunicação Social do Estado, “com o intuito de ocultar a realidade nos bairros da Capital e no país” e de desresponsabilização das autoridades na promoção da paz, tranquilidade e convivialidade dos cabo-verdianos.
“O aumento claro dos crimes e assaltos contra pessoas e património em Cabo Verde, especialmente na cidade da Praia, é uma das grandes preocupações dos cabo-verdianos neste momento”, indicou.
A dirigente do maior partido da oposição considerou que a insegurança pública, “reconfirmada por aparatosos casos recentes”, indicia que o actual Governo não tem tido uma estratégia bem-sucedida na prevenção e no combate à criminalidade, bem como na percepção da insegurança.
Para o PAICV, apesar da propaganda política sobre a melhoria dos níveis de segurança, “reforçada pela leitura enviesada e descontextualizada dos dados estatísticos e pelo silenciamento do jornalismo do Estado”, os cidadãos têm sido vítimas quotidianas de assaltos à mão armada.
“Apesar das medidas ditas estruturais como a vigilância electrónica e do policiamento dito de proximidade, temos vindo a ser vítimas quotidianas de assaltos à mão-armada, inclusive em áreas mais inusitadas da cidade da Praia”, sublinhou Paula Moeda.
Perante essa situação, o PAICV apelou às autoridades, tanto da Administração Interna como da Justiça, a tomar medidas mais eficazes e consentâneas com o agravar da insegurança, da violência e da criminalidade.
“Quem falha na criação do emprego, do rendimento e da segurança está a falhar em sectores fundamentais e a oposição democrática não pode deixar que as coisas sejam silenciadas e escamoteadas pelos discursos da actual maioria que governa o país”, concluiu.
Com Inforpress
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