Política

“Os ganhos de Cabo Verde estão a olho nu. São tantos: na área da saúde, emprego, crescimento económico do país, na educação, na cultura, disse o secretário-geral do Movimento para a Democracia (MpD) quando falava à imprensa à margem de um retiro do partido que aconteceu este sábado, 08, na Escola de Hotelaria e Turismo, na cidade da Praia.

Justificando as suas declarações, Agostinho Lopes disse tratar-se de “dados produzidos pelas instituições nacionais e internacionais que indicam que Cabo Verde nunca esteve tão bem como está agora”, sublinhou o secretário-geral do MpD.

O “retiro” juntou a Comissão Política Nacional, o Grupo Parlamentar do MpD e membros do Governo para, de entre outros pontos, analisar a situação política nacional e discutir as estratégias para as eleições legislativas de 2026.

Agostinho Lopes adiantou que estudos realizados pelo partido indicam que 74 porcento (%) da população cabo-verdiana acredita que 2026 será um ano de melhoria das condições de vida.

“Aquecimento” para as eleições começa em janeiro

“As próximas campanhas eleitorais que começarão, certamente, em fevereiro, sem contar que haverá sempre um período de mais aquecimento, provavelmente em janeiro já se sentirá mais, pois temos as festividades do 13 de Janeiro, portanto, já nesse mês sentiremos algum aquecimento relativamente às eleições”, precisou o secretário-geral.

Questionado sobre os desafios do MpD para as eleições, Agostinho Lopes, disse que a energia eléctrica, o abastecimento de água e transportes marítimos e aéreos, são casos cuja situação já foi esclarecida, apesar de reconhecer que há sempre imprevistos.

“O problema estrutural é que temos uma rede velha, que está num processo de substituição e com um nível de perda nas canalizações muito grande. Há uma sobrecarga, explosões de conduta por tudo quanto é lado e às vezes nem sempre é possível dar vazão a tudo ao mesmo tempo”, salientou Lopes.

Energia, água e transportes não são debates a serem levados para as eleições

Convidado a falar de algumas declarações públicas feitas pela oposição, o secretário-geral do MpD ressaltou que a oposição tem sido “muito crítica” em relação à questão energética e não só, mas garantindo que a energia elétrica, o abastecimento de água e os transportes aéreos e marítimos não são debates a serem levados para as eleições.

Quanto à questão do acesso ao ensino superior prometido pelo presidente do maior partido da oposição, Agostinho Lopes, apenas solicitou do jornalista o nome de um país do mundo, por mais desenvolvido que seja, onde o ensino superior é grátis.

Já no que respeita ao problema de transportes em Cabo Verde e às promessas de passagem a preços acessíveis, o secretário-geral do MpD, afirmou que o problema não são os preços, mas sim a “falta de barcos”.

C/Inforpress