Menos de uma hora depois de se ter tornado pública a declaração do ministro da Admintração Interna a considerar "legal e aceitável" a demonstração de Carnaval programada pela Câmara Municipal da Praia, contradizendo assim a posição do ministro da Cultura, Abraão Vicente voltou às redes sociais para reiterar que é contra esse evento por ser "uma provocação, não ao governo, mas à sociedade cabo-verdiana" que vem lutando contra a Covid-19.
"Vamos ser claros: nem tudo o que é legal é moral e ético. Os buracos na lei podem permitir a realização da 'pequena demonstração do carnaval' realizada pela Câmara Municipal da Praia. Mas a que custos?", questiona o ministro da Cultura no seu post de há instantes.
"Vamos somar: uma equipa da policia nacional, uma equipa da delegação nacional da saúde, uma equipa da IGAE em alerta e em vigilância permanente para que gente crescida possa brincar ao carnaval em tempos de pandemia. Equipas que poderiam estar em alerta a cuidar da segurança em outros lugares que precisam, a cuidar dos doentes que precisam e a fiscalizar quem prevarica de forma grave", pontua o governante, insistindo, assim, em como a realização desse evento, anunciado na passada sexta-feira pela vereadora de Cultura da CMP, Chissana Magalhães, é um acto irresponsável.
"Falei do espirito da lei no meu post, mas é cada vez mais necessário falar de responsabilidade politica e institucional no país. Este evento é uma provocação não ao governo, mas à sociedade cabo-verdiana. Parecemos uma sociedade com síndrome de Peter Pan", observou Abraão Vicente no seu post de resposta às declarações feitas hoje pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que demonstra posições antagónicas entre os dois governantes e tratadas em praça pública.
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