
Numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, 10 de maio, relacionada com a venda do Liceu da Várzea o Movimento para Democracia (MpD), ataca a oposição, dizendo que o PAICV e a UCID andan a fazer riola, porque no entedimento dos ventoinhas com este negócio Cabo Verde está “a ganhar relevância e notoriedade no quadro da geopolítica Americana e, consequentemente, a mundial”.
O partido de Ulisses Correia e Silva afirma que “a deslocalização do liceu da Várzea para dar lugar à Embaixada dos Estados Unidos da América é um grande projeto, complexo, transversal, que envolveu 3 ministérios, mas também a comunidade local”, assegurando que “é um processo consensual que tem sido gerido por forma a se conseguir a melhor solução e o melhor equilíbrio de satisfação de todas as partes”.
Luís Carlos Silva, deputado e membro da comissão política do partido ventoinha, vai mais longe e diz que “a decisão de construir uma Embaixada de raiz, com esta dimensão e com as verbas envolvidas (mais de 200 milhões de dólares), significa o “upgrade” da relação dos USA com Cabo Verde, é uma aposta clara e inequívoca em Cabo Verde. Estamos a ganhar relevância e notoriedade no quadro da geopolítica Americana e, consequentemente, a mundial”.
Para o partido no poder são interesses do país é que estão em causa. E que a oposição quer pôr em causa, acusa Luís Carlos Silva, para quem “o país foi surpreendido com uma série de ataques: primeiro, por parte do PAICV a instigar as pessoas a se insurgirem contra o governo da república e, depois, a UCID, acusando o governo de ter vendido a alma do povo”, observando que “em ambos os casos o registo é o mesmo: sem se preocuparem com a recolha da totalidade das informações, se apressam e atacam a medida e o governo”.
O MpD diz não ter ficado surpreendido com as tiradas da oposição, sobretudo do PAICV porque este partido “é contra tudo o que este governo faça: é contra Isenção de Vistos; é contra SOFA; é contra Binter; é contra Iceland Air; é contra Hub aéreo do Sal; é contra o serviço público de Transporte Marítimo; é contra a Regionalização; é contra o reforço financeiro dos municípios”.
Entendendo que as vozes que se levantaram contra a venda do referido liceu é um ataque aos Estados Unidos da América (EUA), o MpD promete “não aceitar a secundarização deliberada dos interesses de Cabo Verde e dos Cabo-Verdianos e o ataque, gratuito, a um parceiro central do processo de desenvolvimento de Cabo Verde, quer através da APD ou pelo facto deste (parceiro) acolher a maior comunidade Cabo-Verdiana na diáspora. Um parceiro com o qual partilhamos valores como o primado da lei, a primazia dos direitos humanos, a democracia e a liberdade enquanto valores universais”.
Para o MpD, os sentimentos à volta da venda do liceu da Várzea é uma “forma daninha de fazer política” e que deve ser combatido. “Esta forma daninha de fazer política tem de merecer o nosso mais firme combate. E é por isso que estamos aqui, para posicionarmo-nos contra o cúmulo a que se chegou. Já não existe o limite do razoável, já não se tem em conta o futuro do país, nem a nossa credibilidade e imagem externa”.
E conclui que "Cabo Verde merece mais. Cabo Verde merece muito mais. Cabo Verde precisa de grandes ideias e não de "riolas". Cabo Verde precisa de reformas estruturantes, Cabo Verde precisa de grandes projetos, de grandes parceiros”.
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