Fundação dos Média para a África Ocidental aponta conjunto de desafios enfrentados pela Comunicação Social na pandemia
Política

Fundação dos Média para a África Ocidental aponta conjunto de desafios enfrentados pela Comunicação Social na pandemia

A Fundação dos Média para a África Ocidental (MFWA) apontou um conjunto de desafios enfrentados pelos órgãos de Comunicação Social, nomeadamente o acesso à informação e restrições financeiras.  São exemplos a liberdade de expressão e o acesso à informação.

Conforme consta no relatório ora divulgado de reunião das organizações parceiras desta instituição realizada em Maio, todas as organizações parceiras sublinharam que as medidas restritivas impostas pelos governos neste tempo da pandemia limitaram a capacidade dos meios de comunicação social de realizar adequadamente os seus trabalhos.

“As organizações parceiras nacionais, tiveram de envolver os governos para permitir que os jornalistas pudessem circular livremente para cobrir a pandemia”, refere o relatório.

O mesmo relatório justifica ainda que o acesso à informação, um outro desafio enfrentado pelos jornalistas neste tempo da pandemia, deve-se ao fato de que alguns governos selecionaram alguns órgãos para cobrir a situação da pandemia nos países.

A resistência dos médicos e dos funcionários dos Estados em fornecer informações sobre a situação da covid-19, foram também algumas barreiras enfrentadas pelos jornalistas.

Um outro desafio levantado pelas organizações parceiras foi as restrições financeiras que os meios de comunicação social enfrentaram durante a pandemia.

Essas restrições, de acordo com o relatório, deveram-se à suspensão ou cortes nos contratos de publicidade, as dívidas publicitárias, bem como a redução na circulação de jornais.

Deste modo, os aumentos dessas restrições conduziram ao pagamento parcial e não pagamento dos trabalhadores dos meios de comunicação, ao despedimento dos trabalhadores e ao encerramento de alguns órgãos de informação.

Portanto, o impacto direto da Covid-19 nas organizações parceiras nacionais, também afetaram o desempenho das funções dos jornalistas.

“Os contributos das organizações parceiras destacaram a sua resiliência e empenho na promoção dos media, liberdade de expressão, e acesso aos direitos de informação na região durante o auge do surto da COVID-19”, aponta o relatório.

No entanto, essa situação ofereceu a algumas organizações parceiras a oportunidade de explorar plataformas virtuais e expandir suas atividades.

Colaborar com outras organizações da sociedade civil para produzir relatórios de investigação sobre os meios de comunicação/liberdade de expressão e a pandemia, também foi uma das oportunidades encontradas.

Por fim, as organizações parceiras fizeram uma série de recomendações destinadas a reforçar a colaboração entre a MFWA e os parceiros para melhorar o trabalho feito a nível nacional e regional.

Dentre várias recomendações está o reforço da capacidade do pessoal das organizações parceiras na elaboração de propostas, relatórios e o aumento da exposição e das oportunidades de trabalho em rede para essas organizações.

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