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Deputado da UCID afirma que “Ulisses Correia e Silva não gosta do povo cabo-verdiano”
Política

Deputado da UCID afirma que “Ulisses Correia e Silva não gosta do povo cabo-verdiano”

A UCID acusou hoje o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, de “não fazer nada, ou fazer muito pouco” para mudar a situação das pessoas que recebem menos, e de “não gostar do povo de Cabo Verde”.

Esta acusação foi feita pelo deputado da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), João Santos Luís, no arranque do debate parlamentar nesta primeira sessão plenária de Dezembro  com o primeiro-ministro, sobre o sector privado.

Aliás, para o também presidente da UCID, este debate versando o tema o “Sector privado na estratégia do desenvolvimento sustentável”, proposto pelo Governo, “é uma tentativa de vir fazer aqui um passeio à beira mar procurando evidenciar possíveis ganhos que na ótica do mesmo do mesmo parecem-me ser evidentes”.

“Na óptica da UCID este exercício político a levar a cabo nesta plenária tem como objetivo principal anestesiar os cabo-verdianos, reiterando-lhes o foco sobre um tema tão determinante para o crescimento e desenvolvimento económico de Cabo Verde”, continuou.

João Santos Luís considerou igualmente que a existência de um sector empresarial “forte, robusto, resiliente, competente e com alto profissionalismo” é, “sem sombra de dúvida, a condição ‘sine qua non’” para, de facto, fazer o País romper com a “condição reinante de uma pobreza extrema” que aflige um “número significativo de cidadãos”.

“Cabo Verde dispõe de várias condições que a serem bem aproveitadas em toda a sua dimensão poderão ajudar na criação da riqueza para o povo das ilhas e, consequentemente, debelarmos o cenário tristonho que, infelizmente, muitas famílias vão vivenciando no dia-a-dia”, defendeu.

João Santos Luís disse ainda que a economia cabo-verdiana precisa “urgentemente ganhar músculos” para que os cidadãos possam ter salários que lhes permitam ter uma vida “com mais dignidade”.

Ainda segundo o parlamentar, o papel das empresas privadas “é fundamental”, pelo que a UCID espera que durante este debate possa discutir o que se deve fazer para que os empresários nacionais, “todos eles”, ganhem outras dimensões que proporcionem aos cabo-verdianos uma vida melhor.

“Ouvir membros do Governo, por sinal o chefe do Governo, dizer que não se paga mais que o salário miserável, designado de salário mínimo, porque a economia cabo-verdiana não comporta pagar mais é uma insensatez atroz e não fazer nada ou fazer muito pouco para mudar este cenário é não gostar, evidentemente, do povo de Cabo Verde”, concluiu.

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