O Partido Popular (PP) solicitou hoje ao Tribunal de Contas, através de uma carta, “mais acção na reposição da ordem no esbanjamento dos recursos públicos” com a compra de uma viatura BMW por parte do edil de São Miguel.
Na carta divulgada, o partido, que diz ser do conhecimento público a compra de um BMW, veículo de gama alta, pelo autarca eleito pelo povo deste concelho, no valor aproximado de mais ou menos 7 mil contos, considera tratar-se de um acto que “ostenta sinais de riqueza” num “município pobre”.
Lembra ainda que o contexto económico e social do Município da Calheta de São Miguel é “por demais crítico”, e elenca o ”aumento da taxa do desemprego” e a “dificuldade das famílias” como os principais factores que fazem como que a situação seja “cada vez pior”.
“O presidente da Câmara Municipal de Calheta de São Miguel, ao comprar uma viatura de luxo num município pobre, configura uma afronta, em particular, aos munícipes da Calheta e, de uma forma geral, uma afronta a todos os cidadãos desta terra”, lê-se no documento do PP enviado ao Tribunal de Contas.
O Partido Popular frisa na carta que actua em nome dos 257 munícipes que votaram PP nas eleições municipais de 20 de Setembro de 2016 no concelho de São Miguel, e, por isso, requer a acção do Tribunal de Contas para pôr cobro a uma acção que "põe em causa os princípios da probidade administrativa”.
Recorde-se que para além da compra de carro de luxo, o edil Herménio Fernandes vem recebendo 70 mil escudos de subsídio de renda de casa, somando 840 contos anuais e 3 milhões, 360 mil escudos durante o mandado, quando o concelho tem uma das residências oficiais mais completas do país.
O Herménio Fernandes alega que a residência oficial não está em condições físicas para morar. Entretanto, em vez de fazer obras de recuperação no edifício, optou por receber 70 mil escudos por mês em subsídio de renda de casa, dinheiro esse que poderia ser empregue em acções sociais.
Com Inforpresss
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