Prémio Nobel da Paz para organização contra armas nucleares
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Prémio Nobel da Paz para organização contra armas nucleares

Academia Real das Ciências norueguesa distinguiu esta sexta-feira, 6, a ICAN, uma organização não-governamental internacional para abolir as armas nucleares.

O Nobel da Paz de 2017 será entregue à ICAN, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, anunciou esta sexta-feira o Comité Norueguês do Nobel, em Oslo, na Noruega.

“A organização recebe esta distinção pelo seu trabalho na sensibilização para as consequências humanitárias catastróficas de qualquer uso de armas nucleares e pelos seus esforços revolucionários para promover uma proibição de tais armas por tratado”, anunciou o comité.

Este é um prémio para todas as pessoas e entidades que lutam pelo desarmamento nuclear, mas o comité distinguiu em concreto a ICAN pelo esforço “extraordinário” nesse sentido. “Estamos a enviar mensagens para todos os estados, mas em especial para todos os estados que têm armas nucleares”, confirmou o comité na conferência de imprensa, perante a questão de um jornalista sobre se esta decisão foi influenciada pelas últimas notícias que admitem o cancelamento do acordo nuclear com o Irão.

No comunicado que explica a decisão, o comité lamenta que “vivemos num mundo em que o risco de serem usadas armas nucleares é o maior dos últimos tempos”. “Alguns países estão a modernizar os seus arsenais nucleares e há um perigo real de que outros países tentem obter armas nucleares, nomeadamente a Coreia do Norte”, acrescenta.

“As armas nucleares representam uma ameaça constante para a Humanidade e para toda a vida na Terra. Através de acordos internacionais vinculativos, a comunidade internacional já adotou proibições contra minas terrestres, munições cluster e armas químicas e biológicas. As armas nucleares são ainda mais destrutivas, mas ainda não foram objeto de proibições legais semelhantes”.

No ano passado, o prémio foi entregue ao colombiano Juan Manuel Santos, pelos seus esforços para pôr fim à guerra civil na Colômbia.

Com Observador

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