
Os militares acabam de dar um golpe de Estado na Guiné-Bissau. Segundo o porta-voz dos sublevados, o Alto Comando Militar reagiu à descoberta de um plano de desestabilização do país, através de um esquema operacionalizado por alguns políticos nacionais, com a participação de um conhecido barão da droga, visando a manipulação dos resultados eleitorais. A primeira decisão dos militares foi a deposição imediata do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Alegando a necessidade de assegurar “a segurança nacional e a “ordem pública”, os militares acabam de dar um golpe de Estado na Guiné-Bissau.
Na Televisão da Guiné-Bissau (TGB), o porta-voz do Alto Comando Militar (que integra vários ramos das Forças Armadas), Dinis N’Tchama, leu pouco tem atrás um comunicado explicando ao país as razões que determinaram a operação.
O militar de alta patente anunciou que o Alto Comando Militar tinha acabado de assumir os poderes na República da Guiné-Bissau, por compromisso aos valores da segurança, da paz civil, da integridade nacional e da independência da Guiné-Bissau.
Um golpe contra o golpe
Ainda segundo o porta-voz, o Alto Comando Militar reagiu à descoberta de um plano de desestabilização do país, através de um esquema operacionalizado por alguns políticos nacionais, com a participação de conhecidos barões da droga nacionais e internacionais, visando a manipulação dos resultados eleitorais.
Dinis N’Tchama avançou que os serviços de inteligência descobriram um depósito de material de guerra, insinuando que seria suporte para o plano de desestabilização do país, isto é, para um golpe de Estado.
Declarando que, até que a situação seja esclarecida e repostas as condições para a normalidade constitucional, o Alto Comando militar decidiu depor imediatamente o presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, encerrar todas as instituições, suspender as atividades de todos os órgãos de comunicação social, suspender o processo de apuração de votos das eleições de domingo, encerrar as fronteiras terrestres e marítimas e o espaço aéreo nacional, e, ainda, estabelecer o recolher obrigatório entre as 19:00 e as 06:00.
Por último, o porta-voz do Alto Comando Militar apelou à calma, à colaboração e compreensão dos guineenses.
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