Quatro construtoras já estão no terreno para erguer oito modelos protótipos da obra anunciada em campanha por Donald Trump. Os trabalhos começaram debaixo de um forte dispositivo de segurança, na região fronteiriça de Tijuana (México) e San Diego (EUA).
Ao todo, serão erguidos oito protótipos de nove metros de altura. Quatro em argamassa e os restantes em materiais alternativos, segundo informações do governo norte-americano.
Trata-se de modelos experimentais, que deverão ser concluídos em um mês. Depois deste período, uma equipa de peritos analisará, através de vários parâmetros, a qualidade da construção e a resistência dos materiais para dar seguimento definitivo à obra.
O início dos trabalhos não foge à polémica que acompanha este assunto. Desta vez, a Procuradoria-Geral de San Diego, na Califórnia, interpôs uma acção judicial para bloquear a obra. Isto porque, de acordo com aquela instância, o governo norte-americano ignorou a autoridade da Procuradoria e passou por cima de vários requisitos legais, entre as quais ambientais.
A empreitada deverá custar 450 mil dólares aos cofres norte-americanos. Um valor bem distante dos 1,5 bilhões que Donald Trump pediu ao congresso para o efeito.
O financiamento da obra constitui outra polémica à parte. Recorde-se que já por diversas vezes o presidente norte-americano fez saber que vai obrigar o México a pagar pelo muro. O presidente mexicano por seu turno já reiterou que o seu país não assumirá, de forma nenhuma, esta despesa.
Os trabalhos começam na mesma semana que o Pentágono anunciou a extensão do veto migratório a mais três países. Chade, Venezuela e Coreia do Norte juntam-se agora à Síria, Irão, Líbia, Somália e Iémen no grupo de países cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
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