
A República Popular da China já lidera a “revolução” solar e supera os dois gigantes ocidentais somados. Com 887 GW instalados, o país asiático torna-se potência mundial em energia solar e redefine a geopolítica global ao exportar tecnologia verde a preços imbatíveis, devendo responder por 60% da nova capacidade de energia renovável instalada no mundo até 2030.
A China já ultrapassou a Europa e os Estados Unidos da América (EUA) somados, em matéria de capacidade instalada de energia solar, alcançando 887 gigawatts no final do ano passado.
Trata-se de uma “revolução” energética inédita, já que o país gerou 1.826 terawatts-hora de eletricidade solar e eólica em 2024, o que corresponde a cinco vezes mais do que a energia contida em todo o seu arsenal nuclear. A confirmação foi avançada pelo jornal britânico The Economist.
Esta transformação remete a República Popular da China para a consagração de nova superpotência mundial, que, neste caso, não é medida pelo seu potencial militar, antes pela capacidade de gerar eletricidade limpa em escala planetária.
Produção em massa coloca o mercado global num novo patamar
O avanço chinês em termos de produção energética, resulta da combinação entre escala industrial, eficiência e custos cada vez menores, já que o país consegue instalar quase um terawatt de energia renovável por ano, o equivalente à produção de 300 grandes centrais nucleares.
A China, ao fornecer quantidades cada vez maiores de energia limpa ao mundo e a preços mais baratos do que qualquer concorrência, está a resolver um problema que os outros países ainda não conseguiram, ou seja, a descarbonização das suas economias, por não disporem dos meios para fazê-lo.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a República Popular da China deverá responder por 60 porcento (%) da nova capacidade de energia renovável instalada no mundo até 2030.
Foto: Petrosolgas
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