Por entrelinhas, fica-se com a sensação de que os passos estão trocados entre o Governo e as instituições que tutela.
O Governo disse, e a comunicação social partilhou, que irá implementar o subsídio de desemprego a partir de Julho que vem. “Vamos melhorar, em extensão e em profundidade, até ao fim da legislatura, a cobertura do subsídio de desemprego, que entra em vigor a partir do mês de Julho. A referida data foi concertada e já foram criadas todas as condições para o efeito”, garantiu o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, à saída do último conselho de concertação social, um conclave que ele mesmo considerou ter acontecido num clima de “raro consenso”.
Ora, acontece que, dois dias depois, aparece o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) a desautorizar o primeiro-ministro, afirmando não existir ainda condições para a implementação do subsídio de desemprego. Nas contas do INPS só em 2018 poderá haver condições para a atribuição do subsídio do desemprego.
Por entrelinhas, fica-se com a sensação de que os passos estão trocados entre o Governo e as instituições que tutela. Um chefe do Governo a ser desmentido deste jeito por uma instituição, com o peso e a credibilidade do INPS, é sinal de que as coisas não andam bem lá pelas bandas do Palácio da Várzea. Acertar passos é preciso!
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