Brexit. UE quer garantias mais convincentes da Grã-Bretanha
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Brexit. UE quer garantias mais convincentes da Grã-Bretanha

Um ano depois da decisão da Grã-Bretanha pela saída da União Europeia (UE), as negociações continuam marcadas pela incerteza. As propostas avançadas esta semana por Theresa May, na cimeira de Bruxelas não convenceram os restantes membros. A comunidade pede garantias mais concretas para salvaguarda dos cidadãos europeus a viver na Grã-Bretanha.

imagem:http://tbivision.com 

Foi há precisamente um ano, 23 de Junho de 2016, que os britânicos decidiram, em referendo, a saída da União Europeia. Uma decisão não esperada, que causou uma divisão no país, levando inclusive à demissão do então primeiro-ministro, David Cameron.

As negociações foram abertas oficialmente esta semana em Bruxelas, com muitos pontos não consensuais entre as duas partes. Um deles é a garantia dos direitos dos cidadãos da comunidade europeia a viver na Grã-Bretanha e dos cidadãos britânicos a viver noutros países da comunidade.

Esta quinta-feira, 22, a Grã-Bretanha apresentou, na cimeira comunitária em Bruxelas, uma proposta onde prevê a manutenção dos direitos dos residentes europeus à educação e cuidados sociais nos termos actuais por até cinco anos depois da saída de UE.

A proposta foi classificada pela UE como “um bom ponto de partida”, mas a comunidade espera por mais detalhes.

Tanto a Chanceler alemã , Angela Merkel, como Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta, país que detêm no momento a presidência da UE, mostraram-se renitentes quanto às propostas avançadas pela Grã-Bretanha.

A cimeira chegou ao fim sem um claro avanço nas negociações, que deverão ter novos desenvolvimentos nos próximos tempos.

Divisão nacional

Entre os britânicos as opiniões dividem-se quanto à modalidade de saída. Duas grandes opções estão em cima da mesa. A Brexit dura, uma saída radical, que inclui a retirada da zona ecónomica comum e o encerramento das fronteiras, ou uma saída menos agressiva, que implica manter a flexibilidade fronteiriça, para garantir a manutenção dos benefícios da zona económica comum.

A saída radical parecia ser a opção mas provável da actual chefe do governo britânico, Theresa May. No entanto, os resultado das recentes legislativas antecipadas que retiraram-lhe a maioria de que gozava, demostram claramente que boa parte do país não compartilha da sua agenda política.

Os quatro atentados registados no país nos ultimos meses são também outro ponto a pesar sobre as negociações, já que ao Brexit terá implicações na reformulação das medidas de seguranças aplicadas entre os países menbros da UE.

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Karina Moreira

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