Os investimentos nas bacias hidrográficas em Santo Antão deverão atingir, até 2023, um montante de 300 mil contos, incidindo, prioritariamente, na mobilização de água, recuperação de solos e correcção torrencial, segundo os estudos definitivos já concluídos.
Esses investimentos estão previstos no âmbito da primeira fase do reordenamento das bacias hidrográficas da Ribeira das Patas e Jorge Luís/Ribeira da Cruz (Porto Novo) e Garça (Ribeira Grande), as quais, até 2035, deverão ser alvo de projectos que ultrapassam os quatro milhões de contos.
Os estudos definitivos, realizados pela empresa tunisina STUDI, com o financiamento do Fundo de Kuwait, já foram validados, devendo as intervenções iniciarem ainda no decorrer deste ano, com a implementação de sub-bacias.
No caso do Porto Novo, o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), segundo o delegado no Porto Novo, Joel Barros, já decidiu avançar com o reordenamento das sub-bacias de Lagoa, em Ribeira das Patas e Miguel Pires, em Jorge Luís/Ribeira da Cruz.
Em Ribeira das Patas, uma das maiores bacias em Cabo Verde, os agricultores têm-se queixado, insistentemente, da “ausência de investimentos” no sector agrícola local, precisamente na mobilização de água, situação que, a seu ver, tem levado o sector agrícola local ao “declínio”.
Segundo os estudos, esse vale dispõe de um potencial em termos de recursos hídricos estimado em cinco milhões de metros cúbicos de água, mas apenas 27% desse potencial é explorado, actualmente, facto que leva os agricultores locais a defenderem “uma aposta forte” na mobilização de água.
O Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola (FIDA) está entre os possíveis financiadores dos projectos de reordenamento das bacias hidrográficas em Santo Antão.
Com Inforpress
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