O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu hoje em Santa Cruz, que o processo da empresa Justino Lopes vai estar fechado antes das festividades desse município do interior de Santiago, assinalado a 25 de Julho do corrente ano.
O chefe do Governo falava no acto da apresentação do projecto e lançamento do concurso para a construção e reabilitação da estrada de acesso Fazenda/Coroa/Achada Ponta e o da assinatura da transferência de um terreno de 60 hectares a favor do município de Santa Cruz para expansão urbana.
“Santa Cruz, tem um grande potencial agrícola e temos o Justino Lopes para resolver, que é um processo complexo que vem desde o período da independência, onde os terrenos foram nacionalizados pelo Estado, mas, os proprietários existentes e os herdeiros estão vivos e têm direitos à indemnização (…)”, começou por dizer o líder do Governo.
“Pensamos fechar este processo [da empresa Justino Lopes] antes das festividades do Dia do Município de Santa Cruz, quer dizer antes do dia 25 de Julho, vamos ter este processo fechado em termos de processo negocial e de indeminização para iniciarmos a fase de preparação e organização para termos investimentos que possam colocar de facto Santa Cruz no nível elevado de um potencial em realização”, comprometeu-se.
O primeiro-ministro acrescentou que “na empresa Justino Lopes está uma fonte de criação de riquezas, mas, que precisa de gestão empresarial, de parceria público-privada e de orientação para o mercado.”
O Governo, segundo Ulisses Correia e Silva, pretende com esta medida criar actividade económica, emprego e rendimento, e ainda capacidade exportadora.
Na ocasião, lembrou que o projecto para a empresa Justino Lopes, “que já foi o maior complexo agro-alimentar do país”, está associado ao central de compras, cujo processo está em desenvolvimento e que “brevemente” vai estar concretizado para alavancar todo o potencial agrícola desse município do interior de Santiago.
A empresa Justino Lopes, que praticamente encontra-se desactivada, possui 65 hectares de terrenos, mas só foi cultivado cerca de 33 hectares.
No período colonial, a sociedade agrícola, que após a independência viria a transformar-se na empresa pública Justino Lopes, tinha “grandes máquinas e veículos” e hoje está “praticamente sem nada desses investimentos”.
O complexo tinha até fábrica de transformação de produtos agrícola.
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