O inspector-geral de Actividade Económica, Paulo Monteiro, pediu hoje aos consumidores que estejam atentos à diferença de preços na prateleira e na caixa, apelando que denunciem à IGAE essa prática considerada um crime.
Paulo Monteiro, que fazia para a Inforpress o balanço da operação Natal, confirmou que de facto a IGAE recebeu até este momento uma única denúncia desta prática com provas.
“De facto uma senhora tirou fotografias de um produto na prateleira e quando foi pagar o preço era totalmente diferente. Nessas circunstâncias nós estamos a apelar a todos para terem em devida conta e atenção no momento da aquisição de alguns produto”, disse.
Paulo Monteiro conta que verbalmente há muita reclamação, verificando nas redes sociais muitas pessoas a queixar também dessa situação e a alertar outras para estarem atentas.
Por isso pede as pessoas que denunciem a situação à IGAE por se tratar de uma contraordenação, cuja coima mínima ultrapassa os 100 mil escudos.
“O operador económico agindo desta forma está a enganar o consumidor. Uma pessoa não pode ter a informação de que um quilo de produto é 80 escudos e quando for na caixa pagar 90 ou 100 escudos”, sustentou.
O inspector-geral disse ainda que a IGAE tem recebido denúncias de aumentos exagerados dos preços dos produtos, mas esclareceu que nesse quesito a entidade não tem muito poder de agir, tendo em conta a liberação dos preços em Cabo Verde.
“O operador sempre encontra um argumento para estar a cobrar o preço que apresenta. E por aí a IGAE não pode actuar, mesmo constatando que o preço é de facto exagerado. Quando o preço é tabelado aí sim nós actuamos”, sustentou.
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