Os cabo-verdianos residentes no município de Burela e arredores, em Espanha, continuam a queixar-se do problema de documentação, já que estão distantes, tanto de Madrid, como de Lisboa, para tratarem dessa questão.
O problema foi levantado durante um encontro de diálogo e auscultação que mantiveram na tarde de dominho, 12, com o deputado da nação eleito pela diáspora, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), Francisco Pereira, que, no final, disse à Inforpress que “correu muito bem”.
“Percorrem seis horas para irem à Madrid ou sete horas para Lisboa, com vista a emissão de um passaporte. É uma comunidade que precisa efectivamente das nossas atenções. Os homens trabalham no mar, as mulheres estão na terra e cuidam da educação dos filhos. Aqui o insucesso escolar é um problema grave”, explicou o deputado à Inforpress
No encontro que aconteceu no Auditório Municipal de Burela, Francisco Pereira assegurou que irá levar a situação desses cabo-verdianos ao Parlamento, frisando que a comunidade também abordou a questão dos problemas dos transportes e preço de bilhetes para irem a Cabo Verde.
“Mas uma coisa é certa. O presidente da Câmara Municipal de Burela trata os cabo-verdianos muito bem e todos reconhecem”, disse, frisando que os cabo-verdianos também não se esqueceram da questão da segurança em Cabo Verde.
Para esta segunda-feira, 13, o deputado Francisco Pereira tem encontro com o presidente da Câmara Municipal de Burela, Alfredo Llano, e, na terça-feira, 14, participa na abertura e encerramento do 1º Encontro da Literatura Cabo-verdiana de Burela.
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