O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas propõe levar a cabo a promoção de marcas de Cabo Verde com a institucionalização do Festival Literário Morabeza, a realizar de 30 de Outubro a 05 de Novembro no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Cidade da Praia.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, no acto de assinatura do protocolo de parceria institucional e financeira com a Caixa Económica de Cabo Verde, instituição que vai participar desse evento, contribuindo com 3 mil contos, montante que será concedido em duas parcelas.
No dizer do governante, “Morabeza é um festival de marcas, porque a literatura associa-se às marcas de Cabo Verde para promover o país e as marcas, e ainda promover a Biblioteca Nacional como centro de todas as políticas de leitura”.
“Chama-se Morabeza Cabo Verde porque é um festival literário, é a produção de um conteúdo, na nossa perspectiva de excelência, partindo da nossa cultura, produção literária de antigamente e de hoje e aquilo que queremos para o futuro”, sublinhou, indicando que o evento será um “espaço de marketing dos autores e da literatura cabo-verdiana, dos convidados ilustres”.
Tendo em conta que muita gente questiona que Morabeza é algo ligado ao turismo, o ministro esclarece que é exactamente o que ele quer fazer. Ou seja, “fazer deste festival um pretexto para se conhecer e promover Cabo Verde”.
Para Vicente, este projecto é a consolidação do que se tem estado a falar ao longo do mandato, ou seja, “a ideia de umas indústrias criativas baseadas num conteúdo cultural de qualidade”.
De acordo com o governante, além de dar espaço aos escritores cabo-verdianos que são as “peças principais, o festival vai dar espaço também à literatura mundo e do mundo, que vai contar com a participação de autores lusófonos de referências como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Afonso Cruz e Walter Hugo Mãe”.
Neste particular, Abraão Vicente explica que “estes autores terão a possibilidade a partir da Morabeza Cabo Verde, falar da literatura, dar aulas de sapiência, visitar as escolas, conviver a partir da literatura, com as suas obras, com o público cabo-verdiano e construir novas margens para aquilo que é também o debate literário”.
O ministro, que almeja o crescimento desta iniciativa pioneira de Cabo Verde, acredita que nos próximos anos vão contar com a presença de autores de outro nível internacional de língua inglesa, francesa que vai consolidar e unir Cabo Verde com os continentes (África, Europa, Ásia lusófona e América latina).
“A nossa ambição com este festival é de marcar passo decisivo de qualidade na programação cultural de Cabo Verde”, enfatizou.
Ao parceiro Caixa Económica de Cabo Verde, Abraão Vicente garantiu que a empresa terá todo espaço para promover os seus produtos, augurando que a parceria continue nos próximos tempos.
Por seu turno, o presidente do Conselho Executivo (PCE) da Caixa Económica de Cabo Verde, António Carlos Moreira, disse que a instituição aderiu à esta iniciativa por entender que o seu objectivo é “nobre, por ser algo que faz falta actualmente, isto é, a promoção da leitura”.
“Entendemos que um evento desta natureza que vai trazer ao país, literários de vários pontos de mundo, principalmente de todos os países da língua portuguesa, África, Ásia e da América, é uma oportunidade para o país e as marcas associadas ao evento”, advogou.
Com Inforpress
Comentários