Sei que conseguem ser melhores e sei também que irão interpretar esta comunicação com espírito crítico positivo para ultrapassarmos já este impasse, para que a nossa CRE Tarrafal entre nas novas jornadas que se avizinham, em harmonia com a lei eleitoral e com seus novos membros de acordo com a vontade do povo. Isto sim é democracia!
A Comissão de Recenseamento Eleitoral do Tarrafal foi empossada em 2015, por um mandato de 3 anos, nos termos da lei eleitoral. Está desde 2018 com mandato caducado. A sua renovação não tem sido possível por falta da vontade política do MpD. É uma matéria que exige 2/3 dos votos na Assembleia Municipal. Já foi por 4 vezes agendada a discussão visando a deliberação para a composição de uma nova Comissão Recenseamento Eleitoral (CRE), porém, sempre gorada por falta de vontade política do maior partido da oposição no concelho.
O órgão deliberativo Municipal está composto, segundo o mandato do povo, democraticamente, por 3 (três) forças políticas, a saber: PAICV - com maioria- MpD - o segundo mais votado - e o MIT, uma nova força emergida da iniciativa jovem, com 1 (um) deputado.
Mais do que ter um órgão a funcionar de forma irregular, é ter um partido, como o Movimento para a Democracia -MpD -, a desonrar seu próprio nome e dececionar, assim, o sistema democrático nacional e local, com uma atitude que desabona o exercício da democracia, e tristemente, ficamos a saber que as lideranças locais, após várias rondas negociais sob proposta da Câmara Municipal e tentativas de deliberação na Assembleia Municipal, já disseram, abertamente: "...NÃO TER INTERESSE NESTE ASSUNTO..."
A democracia, como toda a estrutura de suporte para o desenvolvimento e bem estar social, que conduz à felicidade, dizia, constrói-se a várias mãos. Portanto, se temos um partido político, com as responsabilidades do MpD, que diante de uma decisão tão importante de cumprimento das leis nacionais, se abdica, manifestamente, de suas funções, aplaudindo a irregularidade e a falência legal de um órgão tão importante para a construção da democracia eleitoral, como é a CRE, então, é hora de nos perguntarmos:
Que parceiro social é este?
Que crédito merecem suas declarações, quando diante das ações e na hora da verdade, parece não haver ninguém?
O que valem seus dirigentes para o povo, quando no debate interno não conseguem encontrar consensos dignos de uma contribuição social e democraticamente construtiva?
Nutro o maior respeito por todas as organizações e seus dirigentes, pois, além do dever social e moral do respeito, somos pessoas de relações próximas, entretanto, o MpD desta vez, e neste caso em particular, está a ser uma grande deceção, por trair todos os princípios e fundamentos democráticos que sustentam nossa estrutura de Estado, que todos nós somos chamados a defender de forma continua.
Sei que conseguem ser melhores e sei também que irão interpretar esta comunicação com espírito crítico positivo para ultrapassarmos já este impasse, para que a nossa CRE Tarrafal entre nas novas jornadas que se avizinham, em harmonia com a lei eleitoral e com seus novos membros de acordo com a vontade do povo. Isto sim é democracia!
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