A fé ... é a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1b)
Quem embarca em um ônibus na rodoviária tem fé de que ele vai para a cidade pretendida – ou não embarcaria. Aliás, ninguém embarca em um avião se não tiver fé de que um objeto mais pesado que o ar é capaz de voar. É impossível viver sem fé. Todo mundo crê pelo menos em alguma coisa em algum momento. Mas fé segundo as Escrituras já é outra coisa.
Esta palavra tem sido usada torto e a direito, significando coisas totalmente diferentes, particularmente no nosso meio cristão. Confunde-se fé com algo parecido com pensamento positivo, como se o facto de eu acreditar obrigasse Deus a fazer o que quero. Sua oração não foi atendida? Censura-se a falta de fé, porque se acredita que sempre que se quer algo, Deus terá de atender – como se alguém pudesse forçá-lo a agir.
Mas a grande questão envolvida na fé segundo as Escrituras não é crer ou deixar de crer que Deus fará isto ou deixará de fazer aquilo. Posso sim, e aliás sou estimulado a apresentar diante de Deus meus pedidos, mas nem sempre – por mais cheio de fé e por mais que me pareça justo – ele considerará adequado atender. Ele (e não eu) é Deus.
Fé segundo as Escrituras é: por crer em quem ele é, apresento-lhe as necessidades e descanso que Deus é soberano sobre tudo e todos; sim, claro, confio em seu poder, mas sobretudo confio em seu caráter. Entendo que ele é bom, infinitamente bom, mesmo quando diz que não. Faço como Jesus, que orou: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice, mas faça-se a tua vontade”. Por quê? Porque eu sei que a minha confiança está depositada no Deus Eterno, Infinito, que sabe todas as coisas, pode todas as coisas, é absoluta e perfeitamente bom, e que a sua vontade é boa, perfeita e agradável (mesmo que não pareça assim à primeira vista).
Fé é o que possibilita enfrentar todas as dificuldades sabendo que não estamos sós.
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