Cabo Verde suspendeu desde 19 de março os voos internacionais regulares para o arquipélago, para conter a pandemia de covid-19. Contudo, desde 01 de agosto que Cabo Verde e Portugal mantêm um corredor aéreo para voos essenciais, com a obrigatoriedade de apresentação de testes negativos para covid-19 nos dois sentidos.
A Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) de Cabo Verde fixou em 14.000 escudos (127 euros) o preço máximo a cobrar pelos laboratórios do arquipélago pela realização de testes de despiste à covid-19, valor que foi contestado publicamente, nomeadamente por partidos da oposição.
O Governo cabo-verdiano, através do decreto-lei 64/2020, de 28 de agosto, tinha atribuído à ERIS a competência para fixar e regular o preço destes testes moleculares de deteção do novo coronavírus, que provoca a covid-19, durante a situação de pandemia.
Na deliberação publicada em 09 de setembro, a ERIS recorda que a abertura das fronteiras, no contexto da retoma dos voos internacionais de passageiros, justifica a adoção de “medidas para limitar a propagação transfronteiriça da covid-19, nomeadamente a obrigatoriedade da realização do teste de despistagem por Reverse Transcription — Polimerase Chain Reaction (RT-PCR)”.
“Entretanto, com o objetivo de garantir a sua acessibilidade aos viajantes, torna-se necessário fixar e regular os preços praticados pela sua realização”, lê-se.
O “preço máximo” fixado pela ERIS para o teste RT-PCR, para despiste da covid-19, fica “sujeito a atualização periódica”, em função da “evolução dos custos dos fatores de produção”, define a mesma deliberação.
Cabo Verde contava até ao final do dia 23 de setembro com um acumulado de 5.412 casos de covid-19 desde 19 de março, com registo de 54 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Com Lusa
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