Sindicalista acusa governo de condicionar greve de vigilantes na cidade da Praia
Sociedade

Sindicalista acusa governo de condicionar greve de vigilantes na cidade da Praia

A manifestação dos vigilantes da segurança privada promovida pelos três sindicatos que subscreveram a convenção colectiva do trabalho, não teve a adesão esperada na cidade da Praia. O presidente do SIACSA, Gilberto Lima, disse que o comunicado divulgado ontem pelo Governo baralhou os vigilantes que preferiram não sair às ruas, ao contrário do que aconteceu em São Vicente e na ilha do Sal.

Gilberto Lima afirma que o Governo agiu de propósito para diminuir a dinâmica dos vigilantes e negou que haja descoordenação entre os sindicatos.

“A manifestação nas ilhas do Sal e de São Vicente estão a decorrer tranquilamente e aqui na Praia, este comunicado baralhou as coisas e não podemos obrigar os vigilantes a aderir à manifestação”, disse Gilberto Lima, ressaltando que o Governo utilizou esta comunicado para diminuir a adesão à manifestação.

No comunicado, que foi assinado também pelo SISCAP  e o SIAP e  pela Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada (ANESP), o Governo adianta que vai reforçar as orientações aos serviços públicos e empresas públicas para a implementar o Preço Indicativo de Referência (PIR), dando assim possibilidades às empresas de segurança privada cumprirem com a nova grelha salarial dos vigilantes.

Os vigilantes das empresas de segurança privada estiveram em greve de 15 a 18 de Junho, para reivindicar o acordo conjunto de trabalho, assinado entre o Governo, os sindicatos e as empresas.

O acordo colectivo de trabalho assinado entre os sindicatos, as empresas de segurança privada e o Governo foi rubricado em 2018 e a portaria de extensão que estava em falta foi publicada em Novembro de 2020.

A previsão dos sindicatos era que a nova grelha salarial, que aponta para um salário mínimo para os vigilantes de 17 mil escudos, estivesse em vigor desde Maio de 2021.

 

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