Jovens podem fazer a diferença associando-se ao governo na reconstrução do país pós pandemia
Ponto de Vista

Jovens podem fazer a diferença associando-se ao governo na reconstrução do país pós pandemia

É notório que os jovens foram os mais prejudicados no que tange ao mercado de trabalho, tanto no desemprego como na oportunidade de trabalho precária, nesta lógica, sugiro uma assembleia participativa de jovens, de diferentes áreas, intervindo em questões de trabalho, nomeadamente, no do salário mínimo variável, visto que, com a pandemia, o governo na tentativa de minimizar o desemprego, e recuperar a economia, juntamente com as empresas, “penalizaram” os trabalhadores com a redução de direitos e salários, afetando por consequência, os projetos considerados de baixa renda.

Com o avanço dos casos confirmados a nível mundial, Cabo Verde, sendo um país turístico, cedo ou tarde, a pandemia da covid-19, iria atingir com maior ou menor intensidade.

Mais propriamente situando, no dia 19 de março de 2020, oito dias após a OMS declarar a Pandemia, Cabo Verde, regista o seu primeiro caso confirmado positivo da covid-19, importado da Europa, na ilha da Boavista.

Tendo o vírus espalhando para as restantes ilhas, agravando assim a situação epidemiológica no país. Cabo Verde, adotou medidas restritivas de contenção e confinamento, com o propósito de evitar o colapso no sistema de saúde.

Entretanto, essas medidas afetaram e muito a economia no país, tendo assim um impacto negativo de mais ou menos 4%, visto que, houve limitação e restrição na capacidade produtiva, aumentando consideravelmente a taxa do desemprego.

Cabo Verde é um país de pequena economia, em que o turismo garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que dificultará o após pandemia, que tem por objetivo maior, a retoma da economia como sector chave dos restantes.

Foram vários os impactos económicos e sociais da pandemia em Cabo Verde, tanto positivas como negativos entretanto, nós os jovens temos um papel importante no reerguer de um novo Cabo Verde, pós a pandemia, definindo medidas face à degradação do mercado de trabalho, e pensar na empregabilidade.

Desde modo, como jovem, sugiro um projeto com base no conceito de desenvolvimento sustentável, abrangendo diversas áreas, buscando um ponto de equilíbrio entre o crescimento económico, a igualdade social e a proteção do ambiente, obtendo assim sustentabilidade econômica, sociopolítica e ambiental. Trata-se nesse contexto, de definir um caminho estratégico de longa duração.

O objetivo principal é aumentar a produtividade interna, com um olhar no futuro, direcionando a criatividade para o incentivo com mais eficiências no uso dos recursos humanos e naturais, reduzir o consumo exterior e não só, evitar desperdícios e futilidades, abrindo assim, oportunidades para inovar e criar valores, alocando eficientemente os recursos de modo a obter maior ganho possível.

É notório que os jovens foram os mais prejudicados no que tange ao mercado de trabalho, tanto no desemprego como na oportunidade de trabalho precária, nesta lógica, sugiro uma assembleia participativa de jovens, de diferentes áreas, intervindo em questões de trabalho, nomeadamente, no do salário mínimo variável, visto que, com a pandemia, o governo na tentativa de minimizar o desemprego, e recuperar a economia, juntamente com as empresas, “penalizaram” os trabalhadores com a redução de direitos e salários, afetando por consequência, os projetos considerados de baixa renda.

Esse, salário mínimo variável, consistiria em um ponto de equilíbrio onde trabalhadores receberiam o suficiente pelo serviço prestado, reduzindo a pobreza e o desemprego, e as empresas pagarias, tendo em conta, a sua produtividade. Impedindo assim, desigualdades na força de trabalho com a distribuição de renda social.

No pós pandemia, notará uma “corrida” desenfreada em busca da empregabilidade, entretanto, haverá por consequência desigualdade entre a curva da procura e da oferta de trabalho, e o dito salário mínimo nacional unitário atual, poderá ser elevado em algumas situações, o que não facilitará a diminuição do desemprego.

Nesse contexto, o trabalhador é sem dúvida o elo mais débil da relação, e a solução é “balizar” o trabalho prestado com o salário a receber, impedindo assim a exploração do homem pelo homem.

Essa assembleia de jovens terá um papel importante, no que tange a criatividade, rumo a inovação de um novo modelo salarial em Cabo Verde, facilitado assim, o número de contratados por empresas e não só, a um “preço justo”, pensando desta forma nas gerações futuras, aumentando por sua vez, o interesse dos jovens na participação sociopolítica do país.

 

 

 

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