Os arguidos do mediático caso de tráfico de droga denominado Operação Tróia vão esperar o desfecho do caso em liberdade, isto porque o tribunal da Praia deixou prescrever o prazo de prisão preventiva, revelou fonte judicial.
Segundo informações fornecidas pela mesma fonte judicial, o colectivo de juízes (três afectivos e dois suplentes) deveria proceder à leitura das sentenças em Dezembro último, mas deixou para fazer o mesmo em Janeiro.
Entretanto, acrescentou, o prazo (18 meses) em que os arguidos deveriam permanecer em prisão preventiva, sem conhecer a sentença aplicada pela primeira instância, excedeu a 4 de Janeiro.
Neste caso, informou a fonte judicial, o tribunal chegou a fazer a leitura das sentenças, com penas que chegaram até aos 18 anos de reclusão, além do confisco de todos os bens apreendidos no processo, isso no dia 06 de Janeiro.
Mas estas viram-se suspensas, uma vez que a defesa já tinha interposto o pedido de habeas corpus no dia 04 de Janeiro no Supremo Tribunal de Justiça que, por sua vez, deu provimento ao pedido.
Agora vão, segundo a mesma fonte, aguardar o desfecho do caso sob as medidas de coação impostas pelo Supremo Tribunal de Justiça, nomeadamente termo de identidade de residência (TIR).
Na sequência da “Operação Tróia”, desencadeada a 03 de Julho de 2019, no bairro de Eugénio Lima, foram apreendidos 11.878 kg de cocaína e seus derivados, 16.137.684 escudos, seis armas curtas – um makarov, dois walther, uma pistola transformada calibre 6.35, uma pistola semiautomática de marca star, um revólver –, e uma arma longa – espingarda caçadeira semiautomática de calibre 12, aproximadamente 50 munições e seis viaturas, e detidas, na altura em flagrante delito, nove pessoas.
Entre os meses de Agosto de 2019 e Junho de 2020 foram detidas 16 pessoas, com 12 delas ficando em prisão preventiva e quatro sob termo de identidade e residência (TIR).
Com inforpress
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