O suspeito do assassinato do agente Hamilton Morais, da unidade de Piquete, detido esta terça-feira, 29, ficou sob Termo de Identidade e Residência (TIR), conforme disse à Inforpress fonte judicial.
Segundo a mesma fonte, depois de ter sido detido pela Polícia Nacional, o suspeito, José António Carvalho, conhecido por Jamaica, foi entregue à Polícia Judiciária que, por seu turno, entregou o detido ao Ministério Público (MP), ainda no mesmo dia.
“Por falta de provas”, disse o informante, o Ministério Público entendeu decretar a medida de coacção menos gravosa, sem entregar o detido ao Tribunal da Comarca da Praia.
A PN adiantou que por volta das 00:15 desta terça-feira, o Serviço de Piquete foi chamado, através do Centro de Comando, para intervir junto de dois indivíduos que se encontravam armados e em situação muito suspeita na zona de Tira Chapéu, na Praia.
“No local, ao se aperceberem da presença policial, os suspeitos puseram-se em fuga e, imediatamente, foram perseguidos, resultando dali disparo de armas de fogo, que terá atingido o agente de primeira classe, Hamilton Morais, que foi socorrido imediatamente pelos colegas e transportado para o Hospital Agostinho Neto, onde viria a falecer, momentos depois”, refere o comunicado.
A PN informou ainda que diligências estão a ser feitas no sentido de se compreender “com exactidão” as circunstâncias em que ocorreu a tragédia.
A autópsia já foi realizada e o enterro deverá acontecer nesta quarta-feira.
O indivíduo capturado, segundo informações, tem um “longo cadastro” policial, marcado por várias passagens pela polícia e já foi inclusive recluso na cadeia de São Martinho.
O agente Hamilton era, segundo a PN, um profissional “exemplar, dedicado e muito querido” pelos seus colegas e amigos.
Estava na corporação havia 16 anos, tendo trabalhado na ilha da Brava e na Praia.
A Polícia Nacional lamentou profundamente a perda deste colega e “excelente profissional” que foi o agente Hamilton Morais e endereçou à família enlutada as mais sentidas condolências.
O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, reagiu, a este caso com muita “consternação e preocupação”.
A família do policial, por sua vez, encontra-se revoltada e a pedir que se faça justiça.
Com Inforpress
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