Cabo Verde registou esta quarta-feira, 7, mais dois óbitos provocados pelo novo coronavírus, aumentando para 71 o número de mortos no país, que contabilizou mais 106 novos casos positivos, elevando para um total de 6.624 infeções..
Segundo avançou o diretor nacional da Saúde, Artur Correia, no habitual ponto de situação da doença no país, um dos dois recentes óbitos ocorreu no Hospital Regional da ilha de Santo Antão, no concelho da Ribeira Grande, mas trata-se de uma pessoa do Porto Novo, que tinha 80 anos.
O outro óbito foi registado no Hospital Batista de Sousa, na ilha de São Vicente, uma pessoa de 59 anos, passando o país a ter um total de 71 mortos provocados pela covid-19.
O porta-voz do Ministério da Saúde avançou ainda que o país registou mais 106 casos novos positivos, a maioria (78) na cidade da Praia, ilha de Santiago, e muitos referentes ainda a setembro.
Ainda na ilha de Santiago, foram notificados casos nos concelhos de São Salvador do Mundo (02), Santa Catarina (02) e Ribeira Grande (04).
Há ainda novos casos na Boa Vista (02), Sal (01), São Vicente (04), Porto Novo, em Santo Antão, (01), e 12 no Fogo, distribuídos por São Filipe (11) e Santa Catarina (01).
Artur Correia revelou que as autoridades de saúde deram alta a mais 52 doentes, passando o país a ter um total de 5.684 pessoas que já consideradas recuperadas.
Com os novos dados, Cabo Verde passou a ter um total acumulado de 6.624 infeções desde 19 de março, dos quais 867 casos continuam ativos.
Na conferência de imprensa, Artur Correia fez o balanço das últimas quatro semanas epidemiológicas, destacando a ilha do Sal, com “resultados muito animadores”, após um pico de 41 casos, que passou para apenas oito na semana que terminou no domingo.
Em sentido contrário, disse que há várias semanas que o concelho de Santa Catarina de Santiago tem levantado “alguma preocupação”, com muitos casos diários no centro do município, em Assomada, mas também dispersos por diversas zonas, que entretanto facilitam o controlo.
A nível nacional, o número de casos não está a crescer de forma exponencial, e o país ainda está na primeira vaga do vírus e tem conseguido responder.
O que também tem preocupado as autoridades é o incumprimento por parte das pessoas em isolamento domiciliar, sobretudo no concelho da Praia, com o diretor nacional de Saúde a avançar que cerca de 40% desses doentes não estão a cumprir as normas.
“Estão a sair das suas habitações, estão a visitar vizinhos, estão a sair na comunidade e não estão a obedecer o que foi estabelecido”, denunciou Artur Correia, garantindo que as autoridades estão a reforçar o controlo para mitigar o efeito negativo desses comportamentos.
“Com esta atitude, jamais conseguiremos controlar a pandemia e estaremos a pôr em risco a recuperação que se pretende, o desconfinamento gradual e seguro que se pretende e o retomar da economia da capital que todos almejamos”, alertou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Com Lusa
Comentários