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Bispo de Bragança associa-se a marcha por Giovani Rodrigues
Sociedade

Bispo de Bragança associa-se a marcha por Giovani Rodrigues

O bispo de Bragança-Miranda, José Cordeiro, divulgou esta segunda-feira, 6 de janeiro, que vai associar-se à marcha solidária silenciosa marcada para sábado em Bragança em homenagem ao estudante cabo-verdiano que morreu no dia 31 de dezembro.

A intervenção do prelado foi anunciada num comunicado, em que a Diocese de Bragança-Miranda “lamenta profundamente a morte trágica do jovem Luís Giovani Rodrigues, aluno da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela e residente em Bragança”.

O jovem Giovani Rodrigues, de 21 anos, estava há pouco tempo em Bragança e tinha saído com um grupo de amigos na noite em que foi encontrado caído na rua depois de uma rixa num bar da cidade em que esteve envolvido um dos elementos do grupo.

O pedido de socorro foi feito para um alcoolizado caído no chão e só depois de os bombeiros terem avaliado a vítima é que verificaram que tinha um ferimento na cabeça com suspeita de traumatismo craniano.

Depois de ser transportado para o hospital de Bragança foi transferido para o Santo António, no Porto, onde morreu na madrugada de 31 de janeiro.

A diocese repete, no comunicado, o apelo feito na missa de domingo pelo bispo diocesano “à justiça e à paz na defesa da dignidade integral da pessoa humana, condenando todo o tipo de violência”.

A marcha marcada para sábado em Bragança termina também com uma missa celebrada pelo bispo na catedral e é uma das várias manifestações agendadas no país, desde Lisboa a Porto, Coimbra, Covilhã, em homenagem ao estudante cabo-verdiano.

O presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, já tinha dito à Lusa que toda a direção do IPB estará presente na marcha e que o próprio só não estará se a data coincidir com o funeral do jovem em Cabo Verde, onde pretende deslocar-se para acompanhar as cerimónias.

O corpo do estudante cabo-verdiano, de 21 anos, ainda está em Portugal à espera de ser trasladado, o que deverá acontecer até ao final da semana.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária que ainda não revelou se há suspeitos, mas que aponta para “um motivo fútil” e afasta a tese de ódio racial associada à morte do jovem, segundo avança hoje o jornal Público.

O diário indica também que “a autópsia foi inconclusiva, não esclarecendo se a morte foi provocada pela agressão ou pela queda” na rua, onde o jovem foi encontrado inanimado.

O diretor da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, garantiu hoje o empenhamento na descoberta dos envolvidos no caso, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do Ano Judicial, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Luís Neves referiu que a PJ está a investigar este crime “há muito poucos dias”, garantindo que “fortemente empenhada em descobrir os autores das agressões”.

O caso tem merecido a atenção política e diplomática de Cabo Verde e Portugal com repetidos pedidos de um cabal esclarecimento.

Com Lusa

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Redação