14,2% dos cabo-verdianos têm a percepção de que os políticos respondem às preocupações e necessidades da população, refere o relatório sobre Estatísticas da Governança, Paz e Segurança’2023.
O relatório, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), não assinala diferenças significativas entre os sexos (14,0% dos homens e 14,3% das mulheres) e meio de residência (13,8% no meio urbano e 15,3% no meio rural).
A opinião de que a população é ouvida frequentemente ou sempre pelos deputados nacionais, de acordo com a fonte, é defendida por 12,0% dos homens e 8,3% das mulheres.
“Em relação aos anos anteriores, os dados mostram que esta percepção tem diminuído nos últimos anos, passando de 17,1%, em 2013, para 15,7% em 2016 e 14,2%, em 2023.
No que se refere à corrupção, 65,4% da população considera que ela é preocupante ou muito preocupante em Cabo Verde, destacando pela positiva “os serviços de educação com os com menor nível de envolvimento na corrupção, seguidos dos serviços de segurança social e de saúde.
Já “as autoridades fiscais e aduaneiras, a polícia, os funcionários municipais e os representantes do Governo nacional, são apontados como as em que a população acredita estarem mais envolvidas na corrupção”.
Relativamente ao nível da felicidade, os inquiridos, de acordo com o INE, “questionados se, em geral, se sentem infelizes, pouco felizes, felizes ou muito felizes, 78,7% da população respondeu que se sente feliz e 9,0% muito feliz”.
Quanto à percepção sobre o funcionamento da democracia, “da análise dos dados do inquérito, constata-se que 46,6% da população de 18 anos ou mais, declararam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a forma como a democracia tem funcionado em Cabo Verde”, sendo que “comparativamente ao inquérito de 2016, registou-se uma diminuição de 18 p.p. e de 15,9 p.p. em relação aos dados de 2013”.
Quanto à frequência com que os deputados nacionais ouvem a população, uma percentagem de 10,2% da população de 18 anos ou mais tem a opinião de que a mesma é ouvida pelos deputados nacionais, de forma frequente ou sempre, registando um aumento de 3,6 p.p. quando comparado com o ano de 2016, e de 1,4 p.p. em relação aos dados de 2013.
Para o presente estudo foram entrevistados 339.744 indivíduos com pelo menos 18 anos de idade, que se distribuem, praticamente, de forma igualitária entre os sexos, sendo 49,9% homens e 50,1% mulheres, e residentes, principalmente, nos centros urbanos – 77,8%.
A maioria dos entrevistados, ainda de acordo com o relatório do INE, possui o nível secundário como o mais alto frequentado (45,7%) e um número médio de oito anos de estudo.
Comentários