A Comunidade estudantil africana, agora em particular a cabo-verdiana está totalmente desemparada em Portugal. Nas Universidades e Institutos de ensino superior, vivem em precariedade constante e aproveitamento de exploração económica e financeira por parte dos agentes económicos e comerciais onde as Instituições de ensino estão.
Servem de preenchimento de números para que as Instituições de ensino portuguesas preencham cursos que sem os mesmos fechavam tudo para terem acesso a milhões de euros de apoio e subsídio do Estado português e da União Europeia. São usados nas Autarquias do seu país como cata votos e promoção de sonhos além fronteiras, quando se verifica chegarem tardíssimo às aulas, muitos com o primeiro semestre findo. Um sem conta de dificuldades na obtenção de Vistos, sem que os Governantes deem um "murro" na mesa e digam BASTA!
Muitos dos alunos e alunas vivem precariamente e passam fome. Milhares de alunos procuram emprego para se sustentarem e pagarem os estudos (propinas e livros) culminando com a falta às aulas e chumbo de ano. Muitas alunas são aliciadas para a prostituição e quiçá quantas centenas estão nesta teia organizada.
Bragança tem uma Comunidade de várias centenas, ultrapassando o milhar de alunos caboverdeanos, fora os existentes noutras localidades de grande, de média e pequena dimensão? Que apoio lhes está a ser dado que não a solidariedade uns dos outros e a sobrevivência em rede? Que e quantas visitas têm por ano do Embaixador de CV em Portugal e dos Deputados eleitos pelo ciclo da Europa? Que levantamentos estão feitos ao nível das necessidades sociais, económicas, de direitos humanos, de alunos, de cidadãos, de pais, sim muitos alunos entretanto já foram pais nessas localidades, como vivem os seus filhos, onde ficam quando as mães vão estudar ou faltarão as mesmas ás aulas? Que monotorização está feita quer pelo Ministério da Educação do ensino superior de Cabo Verde quer pelo Embaixador de CV em Portugal, em termos de saberem onde estão estes jovens cidadãos caboverdeanos a estudar? em que situação? em que contexto familiar? em que condições de habitabilidade? quais as taxas de aproveitamento escolar? quantos alunos estão na condição de trabalhadores estudantes, para o que não vieram? em que condições de legalidade, respeito remuneratório e condições de trabalho estão?
Conheço muito bem esta realidade porque como estudante em Estudos Africanos e responsável socialmente ajudo de uma forma constante estes meu amigos e de uma maneira assídua tenho noticias suas e noutras desloco-me aos seus encontros. Por favor, não deixem que mais Giovani´s morram assassinados impunemente, levantem o cu da cadeira e façam o vosso trabalho, não é só selfies, jantaradas, encontros e beijinhos!
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