A juventude do PAICV afirma que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, não convidou esta agremiação juvenil para participar na VIII edição da Semana da República, já a decorrer na cidade da Praia desde 13 deste mês e com prazo de encerramento no dia 20.
Em nota dirigida aos órgãos de comunicação social a JPAI diz-se indignada com o tratamento diferenciado por parte do mais alto magistrado da nação, o que considera uma discriminação de quem é presidente de todos os cabo-verdianos.
“É com alguma indignação que a JPAI vem informar a todos que recebeu um tratamento diferenciado por parte da Presidência da República. A nossa organização juvenil não recebeu nenhum convite para participar do evento, impossibilitado assim que pudéssemos participar, refletir e contribuir com as nossas ideias, opiniões e a nossa visão para a construção/vivência da Paz e da Democracia em Cabo Verde”, lê-se na referida nota de imprensa.
Esta iniciativa, que vem sendo promovida desde 2012, contou este ano com o Encontro Nacional da Juventude, onde cerca de 250 jovens oriundos de todos os municípios de Cabo Verde estiveram reunidos no Palácio do Presidente da República.
A JPAI diz estranhar “que a associação juvenil partidária JpD tenha sido convidada e se feito presente no evento e a JPAI não tenha podido participar por não ter recebido nenhum convite, fazendo com que, neste encontro, não estivessem assegurados a expressão e o confronto de ideias das diversas correntes de opinião, máxime as políticas partidárias”.
E pede que o PR dê o exemplo de imparcialidade que o cargo que desempenha exige. “Esta é uma situação que entendemos não ser um bom exemplo vindo de um órgão tão importante como a Presidência da República, cuja conduta e ação devem ser pautadas pela equidistância e imparcialidade”, acusa a juventude do PAICV, afirmando-se “convictos que os grandes exemplos devem vir de cima e sempre alinhados com os princípios basilares da Democracia e da Liberdade, evitando beliscar as liberdades de expressão, de opinião, de informação, de divulgação de ideias, constitucionalmente consagradas”.
Apontando o dedo ao desempenho das instituições democráticas, a nota da juventude do PAICV faz questão de recordar que Cabo Verde caiu três lugares no índice da democracia. “Sinais menos bons para nossa democracia e demonstra que devemos acautelar e implementar medidas e desenvolver ações que provoquem o fortalecimento da nossa jovem democracia”, observa em jeito de conclusão.
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