O Partido Popular (PP) apelou esta segunda-feira, 17 de fevereiro, às autoridades competentes para fazerem investigações sobre denúncias feitas, nas redes sociais, alegando vendas obscuras de terrenos por parte de um ex-autarca da Boa Vista.
O apelo foi lançado em declarações aos jornalistas, na cidade da Praia, pela porta-voz do PP, Guilhermina Araújo, à margem da reunião quinzenal do partido para abordar os temas da actualidade política nacional e internacional.
“Sabemos que este ex-autarca vendeu terrenos, mas ninguém sabe como é que ele fez, porque não deu nenhuma satisfação de como fez o negócio e nós estamos preocupados com isso”, afirmou, pedindo investigações para esclarecer a população.
Instada em que mandato aconteceu a venda do referido terreno, a mesma fonte respondeu que foi na liderança de José Pinto Almeida, conhecido por Djô Pinto.
A mesma solicitou ainda intervenções do Ministério Público, uma vez que, segundo ela, se sabe que o “presidente da câmara municipal do Tarrafal de está a vender e a doar terrenos para estrangeiros”.
“E agora quero saber porque é que todas essas vendas não são abertas ou porquê que não são dadas aos cidadãos nacionais oportunidades de terem terrenos”, interrogou.
Sobre a saúde, o PP considerou que o sector ainda está “muito precário” em Cabo Verde, salientando que as autoridades estão a dizer que há “bons equipamentos e boa saúde, mas que isso não corresponde à verdade”.
A mesma fonte exemplificou com a situação do novo coronavírus, apontando ainda dados que indicam que Cabo Verde é um dos países que não está preparado para detectar e combater epidemias.
Para a porta-voz do PP, não é crime dizer que o país não tem condições para isso, “mas omitir factos é sim um crime”.
Na reunião de hoje, o Partido Popular criticou a Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC) por ter “discriminado” o partido.
Segundo explicou Guilhermina Araújo, na quinta-feira convocaram a comunicação social para uma conferência de imprensa para falarem sobre o novo coronavírus, mas a RTC não compareceu e não deu nenhuma satisfação”.
O PP considerou isso como uma discriminação em relação aos outros partidos.
Com Infopress
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