O vice-presidente do Partido Popular, considerou este domingo, 19 de janeiro, que a democracia e a liberdade em Cabo Verde, numa referência ao 13 de Janeiro, são “uma autêntica farsa” porque “quem não pertence ao partido no poder vive uma vida de medo”.
Em declarações à imprensa no final da reunião quinzenal do partido, Felisberto Semedo sustentou que ser democrático e liberto em Cabo Verde é ser “castigado” e “posto de lado”.
Feito isso, apresentou exemplos de algumas pessoas que após denúncias de “algumas verdades” foram “penalizadas” e afirmou que cidadãos cabo-verdianos “têm medo de participar na vida política” dos “pequenos partidos para não serem condenadas”.
“Diante desta situação para nós o festejar do Dia da Liberdade e da Democracia, 13 de Janeiro, não tem razão de ser”, disse.
Segundo Felisberto Semedo, em Cabo Verde o sistema está a usar o “populismo” como “ferramenta para silenciar as pessoas e pequenos partidos”.
Na sua comunicação, quanto aos temas debatidos na reunião deste domingo, Felisberto Semedo denunciou ainda aquilo que designou de “abusos” do Instituo Nacional de Previdência Social (INPS), referentes ao pagamento de subsídio de doença aos trabalhadores, ao mesmo tempo que exortou “a quem de direito” para intervir.
Isso porque, sublinhou, nas empresas públicas do Estado os trabalhadores descontam 8 por cento (%) do seu salário e a entidade empregadora 15%, o que totaliza 23% de descontos para a previdência social, que muitos trabalhadores depois não usufruem, pois um acidente é sinónimo de “afronta”.
“Um trabalhador acidentado, mesmo após desconto por vários anos no INPS se tiver um acidente é pago em casa o valor de nove mil escudos mensais por doença, mesmo que receba 50 mil escudos de salário”, informou.
Sublinhou ainda que o partido tem testemunhos de várias pessoas que preferiram ir ao trabalho mesmo doentes para não ter de receber esse “miserável salário” do INPS, depois de descontar vários anos para o cofre da instituição.
A reunião de hoje, salientou, serviu também para que o partido fizesse uma análise sobre a segurança pública, tendo aproveitado para parabenizar algumas melhorias no trabalho da Polícia Nacional e da Polícia Judiciária.
Face a isso, apelou ao poder judicial a fazer a sua parte e contribuir para uma melhor justiça no País.
No que respeita a organização da urbanização do concelho a Praia, o Partido Popular culpabilizou a câmara por este sucedido e apela a “um melhor trabalho” para acabar com os “becos” onde os bandidos se escondem, contribuindo assim para facilitar o serviço da polícia.
Além da urbanização, o Partido Popular analisou ainda o problema da iluminação pública, que considera ainda estar “aquém do desejado”, numa cidade capital.
“Com colocação de videovigilância em zonas mais nobres, agora os bandidos estão a atacar zonas e comunidades mais pobres, o que deve mudar, pois somos todos cidadãos deste País”, acrescentou.
A reunião quinzenal serviu, ainda, para o lançamento do site do Partido Popular com o endereço www.partidopopular.cv.
Com Infopress
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