O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) vai interpelar, no Parlamento, o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, sobre que políticas o Governo tem para a saúde e para as evacuações de emergência.
Em conferência de imprensa, a deputado do PAICV, Ana Paula Santos, que fazia o balanço das jornadas descentralizadas que antecedem o debate parlamentar, afirmou que tendo em conta a nova política de transporte que se vive ultimamente em Cabo Verde, a população está apreensiva querendo saber quais são também as políticas para a evacuação este executivo tem tendo em conta que o que se tem presenciado nesta matéria “é preocupante”.
Conforme a deputada, o anterior Governo tinha uma política de evacuação montada com a transportadora nacional, que “tinha as suas limitações,” mas “a população foi sempre atendida”.
Entretanto, prosseguiu, após o desmantelamento dos TACV está-se perante um sistema em que a população das ilhas, que precisa de evacuação, “fica com o credo na boca”.
“Neste momento, se temos uma evacuação de emergência há um desespero, tanto para os profissionais de saúde, quanto para a população, porque nós não temos a certeza se será feita nas condições dignas e que o doente seja transportado a tempo útil para o salvar”, afirmou.
Segundo a deputada, o PAICV também quer saber o porque de não cumprir o Programa do Governo quanto ao apetrechamento dos centros de saúde de equipamentos de alta qualidade, lá onde não há hospital central ou regional para diminuir as evacuações.
O partido da oposição pretende ainda questionar sobre que políticas o Governo tem para melhorar as condições de trabalho e para a motivação dos profissionais de saúde.
“Perguntamos que instrumentos é que o Governo está a trabalhar para esta motivação. A formação contínua seria uma das apostas para que os profissionais tenham motivação e possam dar melhores respostas,” defendeu.
Quanto ao debate com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, Ana Paula Santos garantiu que será oportuno para interpela-lo sobre as promessas da criação de 45 mil postos de trabalhos dignos e do crescimento médio de 7 por cento (%), que, na óptica do PAICV, apesar das garantias por parte do Governo, a população não tem sentido este crescimento, porque o mesmo “não está compatível com o poder de compra dos cabo-verdianos”.
Durante o debate, o partido da oposição fará propostas para os diplomas que extinguem o Trust Fund e que cria o Fundo de Emergências.
Isto porque, segundo Ana Paula Santos, o seu partido está preocupado com a ideia de se investir 90 milhões de euros do fundo sem qualquer estudo que dê garantias da sua viabilidade, para além da preocupação com a limitação da dívida pública.
Com Inforpress
Comentários