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Olavo Correia. A única forma de sermos um país central é sermos um país digital
Política

Olavo Correia. A única forma de sermos um país central é sermos um país digital

O vice-primeiro ministro, Olavo Correia, ressaltou esta segunda-feira, 16 de dezembro, na Cidade da Praia, a necessidade de se apostar no digital para que Cabo Verde seja um país central, à escala do mundo e com oportunidades para os jovens.

Olavo Correia falava no acto de assinatura do Memorando de Entendimento com o IBM – International Business Machines, para desenvolvimento de competências digitais em Cabo Verde.

Nas suas declarações, o também ministro das Finanças começou por frisar que “o mundo está a mudar a velocidade estonteante”, com os novos conceitos a se revelarem completamente diferentes do século passado.

Hoje, por exemplo, citou, fala-se de fenómenos como, nomeadamente, a quarta revolução industrial, do 5G, da robotização, da inteligência artificial, Blockchain, das tecnologias cloud e do Dig Dater, “conceitos da modernidade” aos quais entende Olavo Correia que Cabo Verde deve se apropriar para fazer parte deste grande mundo.

“Nós temos que criar oportunidades em África, nos nossos países. É nossa obrigação, enquanto líderes dos países africanos. Mas também queremos contar com os nossos parceiros, porque é a única forma de nós estancarmos a emigração para a Europa e para os demais países do mundo”, acrescentou.

O vice-primeiro ministro afirmou ainda que enquanto não se conseguir criar as oportunidades para os jovens africanos em África, por mais medidas administrativas que forem desenhadas, não conseguirá estancar este fenómeno que é, “a todos os títulos, vergonhoso para África, mas também para o mundo”.

Para o governante, “é muito importante” que se criem as oportunidades para os jovens, dando formação e capacitando-os para que estes, eles próprios, também possam ser responsáveis pelo seu próprio futuro.

“Hoje, podemos viajar para o mundo inteiro através da internet. Não temos que sair do nosso país para vendermos os nossos serviços. Se formos bons podemos, em Cabo Verde, desenvolver e prestar serviços, vender à escala do mundo e ser um milionário sem sair de Cabo Verde”, defendeu.

Segundo Olavo Correia, quem for bom “não tem de se queixar”, pois, argumentou que, a partir de Cabo Verde, pode ser um cidadão do mundo.

“Penso que é muito importante este projecto. Estamos muito ansiosos por começar com este projecto. Estamos muito agradecidos porque isto vale mais do que mil estradas, pontes, portos e aeroportos, porque o investimento maior que nós podemos fazer é nas pessoas”, afirmou Olavo Correia, comentando o Memorando de Entendimento assinado com o IBM.

Na óptica do vice-primeiro ministro se as pessoas não tiverem competências para aproveitar as oportunidades, por mais portos e aeroportos que se fizer “nada valerá a pena”.

Ainda nas suas declarações, Olavo Correia destacou a nova abordagem que Cabo Verde está a ter com o Banco Mundial e garantiu que os novos programas não serão alocados para as obras, betão, estradas e portos, mas sim para o capital humano, tecnologia digital e melhoria do ambiente de negócios.

“São essas as nossas prioridades. Pensamos que por aí é que está o caminho para aumentarmos o potencial de crescimento da nossa economia”, referiu Olavo Corria, para quem o documento ora assinado “encaixa muito bem” dentro da estratégia do governo.

Por isso, o governante garantiu que o executivo tudo fará para que o mesmo tenha sucesso e atingir 10 mil jovens numa primeira fase. O limite, disse, “é o céu”.

Com Inforpress

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