Faustino Imbali terá acusado Luis Filipe Tavares de interferir em assuntos internos da Guiné-Bissau
Política

Faustino Imbali terá acusado Luis Filipe Tavares de interferir em assuntos internos da Guiné-Bissau

Faustino Imbali, primeiro-ministro da Guiné-Bissau indigitado por José Mário Vaz sob forte contestação da comunidade internacional, terá emitido esta quinta-feira um comunicado a repudiar as declarações proferidas ontem pelo ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Luis Filipe Tavares, de que Cabo Verde reconhece como sendo primeiro-ministro da Guiné, Aristides Gomes.

Uma carta publicada pelo Jornal Novo Rumo, no facebook, que cita uma página do Faustino Imbali nesta rede social, informa que o escolhido de José mário Vaz para liderar po governo na Guiné-Bissau "exprime a sua reprovação e estranha atitude do Ministro dos Negócios Estrangeiros, das Comunidades e da Defesa Nacional de Cabo Verde, Dr. Luís Filipe Tavares, que tende claramente posicionar-se a favor do anterior Governo, liderado pelo Dr. Aristides Gomes, demonstrando desconhecedor da diplomacia, de que é ministro em Cabo Verde, contrariamente ao Presidente do Parlamento do seu País, Sua Excelência Eng: Jorge Santos, que teve uma postura de um homem do estado. Preferindo apelar às partes a um diálogo, com vista a resolução do impasse, dentro do quadro constitucional existente, não através de terceiros, como a CEDEAO, União Africana muito menos a CPLP e a União Europeia".

Segundo a nota, "o governo considera de inaceitáveis às declarações do Luís Filipe face a sua evidente interferência nos assuntos internos de um Estado Soberano com afirmações gravíssimas".

"Assim, o Governo do Dr. Faustino Imbali, repudiou e condena a atitude pré-concebida do neocolonialista e fascista ministro em relação a África e sobretudo com a Guiné-Bissau. O governo espera uma correção do Ministro Cabo-verdadiano, porque a Guiné-Bissau e Cabo Verde são países irmãos. Libertados sob a liderança do Amilcar Cabral, onde tombaram milhares de combatentes guineenses e Cabo-verdadianos, para que os esforços de desenvolvimento, a que merecem os seus povos, continuem a ser trilhados, no quadro de integração subregional da CEDEAO, sem interferências e na base de respeito e solidariedade mútuas", conclui o comunicado.

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