O Partido Popular (PP) acusou este domingo, 9, o Governo de má gestão da crise sanitária da pandemia da covid-19 e apelou ao reforço da fiscalização para evitar aglomerações de pessoas, sobretudo em frente as instituições do Estado.
A acusação foi feita pelo vice-presidente do Partido Popular, Felisberto Semedo, que falava à imprensa momentos após a reunião quinzenal do partido, que analisou, também, a questão de terrenos na Cidade da Praia, evacuações de doentes inter-ilhas e assuntos relacionados com guardas prisionais.
O PP considera que todo o processo foi “mal conduzido”, desde a questão do cadastro social único, pensão social, confinamento obrigatório e a distribuição gratuita de máscaras que foi feita tardiamente.
“Só depois do País registar mais de dois mil contaminados e mais 27 mortes, medida essa que veio tardiamente. Estamos de acordo com as últimas medidas que incluem o encerramento dos bares, lojas e com novos horários, mas não consideramos que seja o melhor caminho”, sublinhou o vice-presidente que apelou ao reforço da fiscalização.
Outra questão que inquieta também o partido, tem a ver com a nova medida implementada na Polícia Judiciária (PJ), em que a partir de agora são descontados 2% do salário de todos os funcionários para a criação de um fundo social.
Para o Partido Popular, essa medida é inconstitucional e pode desincentivar e condicionar os trabalhos de investigação criminal.
O PP denunciou, ainda, uma “série de injustiças, irregularidades, assédio moral e de maus tratos” aos agentes da guarda prisional e acusou o Ministério da Justiça de andar contra a lei e de fazer descaso perante essas situações.
Por outro lado, apelou ao Governo a abrir um inquérito sobre a morte de mais uma grávida evacuada da Boa Vista com feto morto, que morreu cinco dias depois no Hospital Agostinho Neto, na Praia.
“Essa não é a primeira nem a segunda vez que acontece, e achamos que já é altura de o País ter condições de evacuações mais rápido célere e evitar situações do tipo”, constatou.
O partido acusou ainda a Câmara Municipal da Praia de praticar “tratamento desigual, de partidarismo” e de fazer “recrutamento à base de amiguismo” próximo do partido, mas também de congelar a questão do Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCS), há muito reivindicado pelos trabalhadores.
Questionado sobre a lista do partido para as autárquicas desde ano, Felisberto Semedo adiantou que o partido está a trabalhar nesse processo, mas assegurou que o PP vai apresentar candidatos sobretudo para as assembleias municipais.
Com Inforpress
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