O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirma que “as condições estavam criadas e a diplomacia funcionou mas outros argumentos sobrepuseram-se” na escolha do presidente da Comissão da CEDEAO.
“Cabo Verde cumpria e cumpre todas as condições para apresentar uma candidatura à Comissão Executiva da CEDEAO, em termos estatutários, porque era a vez de Cabo Verde e em termos de compromissos”, disse o Chefe do Governo, ontem, em Santo Antão, explicando que o país assumiu a regularização das dívidas.
“Efectivamente, Cabo Verde tem uma dívida que soma cerca de 25 milhões de euros que já vem de há mais de 14 anos, mas nós apresentamos uma proposta que foi aceite”, disse Ulisses Correia e Silva, adiantando que a proposta do Governo de Cabo Verde vai no sentido da “regularização dessa dívida em cinco anos, incluindo juros de mora”.
“Arranjos políticos sobrepuseram-se e foram tidos em conta, impedindo que Cabo Verde pudesse aceder a esse cargo de relevo na CEDEAO” , disse Ulisses Correia e Silva, garantindo que todas as condições estavam criadas para que Cabo Verde pudesse apresentar uma candidatura.
Correia e Silva reconheceu que “há coisas que a gente não controla e quem decide são os Chefes de Estado que puseram sobre a mesa outros argumentos que não têm a ver com o cumprimento dos estatutos ou das regras que, normalmente aplicadas, dariam o lugar a Cabo Verde”.
Com Inforpress
Comentários