
10 anos depois de “Nhara Santiago”, o arquitecto Frederico Hopffer Almada ou Nhonho Hopffer, como é mais conhecido na música, prepara-se para apresentar o segundo trabalho discográfico intitulado “Santamaria”. O álbum deverá chegar ao mercado no início de 2018.
São 13 faixas no estilo tradicional caboverdiano. O tema que dá nome ao álbum é da autoria de Mário Lúcio e constitui uma homenagem à segunda filha de Nhonho Hopffer, Frederika Santamaria, cujo nome homenageia, por sua vez, a cidade capital. O álbum chega 10 anos depois do primeiro trabalho baptizado com o nome da filha mais velha, Nhara Santiago.
O álbum, produzido por Kim Alves, deverá chegar ao mercado no início de 2018, mas três faixas já foram lançadas e já podem ser ouvidas nas rádios nacionais.
Santamaria é uma objectivo cumprido, deste arquitecto que tem na música uma segunda paixão. Nhonho Hopffer diz-se um homem “muito feliz” com o produto final.
“Estou muito satisfeito. Trata-se de um disco tradicional de uma elevada qualidade técnica, que conta com a participação e o trabalho de excelentes músicos e compositores e a direção musical de Kim Alves, sem o qual seria difícil fazer um disco com esta qualidade”, regozija-se.
As 13 faixas contam com a assinatura dos compositores Mário Lúcio, Pedro Rodrigues, Ney Fernandes, Jorge Tavares, Djoy Amado, Sílvio Brito e Rui Cruz.
Uma composição de Kodé de Dona, um dos nomes maiores do funaná, e uma rapsódia de duas conhecidas mornas de Eugênio Tavares também abrilhantam o disco.
Músicos escolhidos para dar corpo ao álbum, pois como faz questão de frisar “não sou compositor e nem faço questão de ser. Temos excelentes compositores em Cabo Verde. Quanto a mim considero que o meu dom é cantar”.
Além dos compositores acima referidos, participam ainda deste trabalho discográfico os poetas Arménio Vieira e Zé Luís Hopffer Almada, com dois poemas que foram musicados para o álbum.
A faixa “Sakedu na Nha Dor” escrita pelo meu irmão Zé Luis Hopffer é uma homenagem à nossa mãe, falecida o ano passado. Aliás, apesar de ser uma homenagem à minha filha, o álbum presta também homenagem aos meus entes queridos, falecidos no espaço de um ano. Meus dois irmãos, minha mãe e minha sogra”, partilha o artista, que quis pela música perpetuar a memória familiar.
Nhonho Hopffer dá ainda voz “Kanta ku Alma Sem Ser Maguadu”de Arménio Vieira. A inclusão do tema, já gravado por Bana e Maiúca Marta, é também uma homenagem ao poeta prêmio Camões.
Outro atrativo deste novo trabalho são os duetos apresentados. Um total de seis, que Nhonho Hopffer prefere não revelar por enquanto.
Ao definir o lugar da música na sua vida, este arquitecto, com longos anos de carreira responde: “Sou arquiteto. Esta é a minha profissão primeira, pela qual sou apaixonado. A música é para mim um hobbie, que, no entanto, levo muito a sério, como é minha postura em tudo o que faço”, remata.
A tiragem prevista é de 3000 mil exemplares, mas Nhonho Hopffer explica que o disco será também disponibilizado nas plataformas de venda digital, como exigem os novos desafios de mercado.
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