O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, revelou hoje que a autarquia tem uma dívida superior a dois milhões de contos junto das empresas e da banca, valor que a edilidade pretende negociar a sua liquidação.
O edil praiense fez esta intervenção à imprensa, após um encontro que realizou com 20 empresas do sector privado com as quais a câmara da Praia tem dívidas e que na sua maioria são empresas de construção civil.
De acordo com os dados avançados pelo autarca, dívidas com a banca são no valor de 1.4 milhões de contos, enquanto com as empresas atingem os 839,1 mil contos, sendo que com as 20 maiores empresas o valor é de 345,2 mil contos.
Conforme Francisco Carvalho, o encontro foi precisamente para demonstrar a total abertura da edilidade reconhecer essas dívidas e estabelecer um plano para proceder a liquidação das mesmas.
“Foi importante ter esse encontro hoje para mostrar junto das empresas a nossa abertura e demonstrar que essas empresas são fundamentais para o desenvolvimento do município”, sublinhou.
O presidente da autarquia da capital do País avançou que há um processo negocial, sendo este um primeiro encontro com 20 empresas, mas, afiançou, serão ainda realizadas mais reuniões com várias outras empresas, de forma bilateral, para definir a forma de ultrapassar a situação.
“O mais importante de tudo é termos este espírito partilhado, ou vontade comum de, juntos, entender e definir os melhores caminhos”, reiterou.
Entretanto, segundo o autarca, há também informações que não estão claras sobre dívidas com as empresas, devido a “não passagem de pasta”, o que impediu ter um “retrato mais claro e próximo” da real situação.
“Por exemplo, nós temos informações de um determinado montante para com uma determinada empresa, mas, essa mesma empresa chega e diz que afinal os valores são outros e apresenta comprovativos”, revelou.
Francisco Carvalho informou que o Tribunal de Contas fez toda a análise das contas, uma iniciativa que considera ser importante e que mostra a forma que foi encontrada os cofres da autarquia.
O edil informou que vai apresentar todos esses dados ao Governo, mas que no primeiro momento quis ter um encontro com as empresas para perceber melhor a situação dos contratos e das dívidas.
“Primeiro preferimos conversar com as instituições que estão com a mão na massa e, logo de seguida, vamos conversar com o Governo, e não vai ser só com esta questão de dívidas”, frisou, assegurando que vai apresentar também projectos, por isso quer o engajamento do executivo para novos planos que está a construir no município.
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