Cultura

Um mês de atividades para acordar a ilha, uma das mais prejudicadas pela pandemia Covid-19, que afrontou o setor turístico um pouco por todo o mundo.

“Estamos em festa. As festividades do dia do município da Boa Vista devem ser participadas, com atividades diversas e que fazem jus ao nosso maior ativo económico que é o Turismo”, começou por justificar o presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, não esquecendo, no entanto, que “estamos a atravessar uma pandemia sem precedentes, e os seus efeitos têm sido desastrosos na vida das empresas, das famílias e no funcionamento da máquina pública”.

Mendonça, que faz questão de realçar que a Câmara Municipal que preside está a trabalhar com as autoridades sanitárias da ilha, e demais parceiros envolvidos no combate à pandemia, no sentido de respeitar e fazer respeitar as medidas impostas contra a propagação do vírus, reconhece que “a população da Boa Vista tem passado por momentos complicados”, uma vez que a “ilha perdeu milhares de postos de trabalho com o encerramento do Turismo”.

Por este motivo, o edil Boa-vistense lembrou que a ilha está a passar por um processo de vacinação em massa, processo esse que irá desembocar na retoma do turismo e, logo, na retoma do emprego e dos rendimentos para as famílias.

“A vida continua e há esperança de que dias melhores não tardam” observou o autarca, para afirmar que “em fevereiro deste ano a Câmara Municipal fez um pedido ao governo, no sentido de se avançar com a imunização da ilha, para a retoma do turismo e por conseguinte a retoma do trabalho, dos rendimentos e do consumo, e o governo respondeu positivamente a este pedido, e hoje a ilha está em processo de vacinação em massa”.

Este ano não haverá o popular e já tradicional festival de Praia, mas a autarquia Boa-vistense acredita que as atividades programadas estão a “honrar a nossa ilha, a honrar os nossos visitantes, proporcionando a todos uma festa alegre, participativa e com a satisfação sanitária que o momento exige”.

“O novo normal nos impõe medidas rígidas de modo a evitar a propagação do vírus, mas, pensando nos artistas, nos criadores, nos artesões, decidimos trabalhar num programa que fosse capaz de proporcionar algum rendimento a essa classe, que é a mais afetada pela crise pandémica ainda em curso” declara Cláudio Mendonça, alertando que o orçamento previsto atinge cerca de 3 mil e 500 contos.