O que assistimos e ouvimos é algo repugnante. Os escândalos de uma campanha eleitoral de ostentação de fundos enquanto o povo passa fome, constantes greves, a má campanha de castanha de cajú e de outras múltiplas gestões desastrosas, os abusos e violações das leis básicas da democracia, dia após dia, mostram claramente quão mentiroso é o político guineense. Isso demostra claramente quanto ódio o político guineense carrega no seu coração. E por muito tempo viverá uma grande crise de identidade moral, de valores, da política e da ética. Não é por acaso que os fins são sempre trágicos, como resultado da lei da natureza. O político guineense é chamado à contenção e ao respeito pela diferença.
A Guiné Bissau, ou melhor a política guineense passa por um momento crítico em relação aos padrões éticos, aos valores morais e fundamentais do homem, pois, nesta terra abençoada e sagrada que Deus nos deu, tendemos a pensar, mesmo depois de tanto sacrifício, sangue e lágrimas, que na política tudo é permitido: tal que faltar à verdade, falsas promessas, insultos, injúrias, falta de preparação, uso de força e abuso de poder, só porque se está na política.
A cada ciclo eleitoral que culmina com as respetivas campanhas eleitorais, denota-se que o político guineense, salvaguardando alguns casos que merecem nosso respeito e estima, dizia, perde os valores tanto políticos da justiça, da equidade, da transparência, e quanto os valores éticos de amparo, da integridade, da franqueza, do respeito pela diferença, da honestidade, enfio do equilíbrio, pior de tudo perde os princípios éticos que são necessários a boa convivência em sociedade, esquecendo-se que ele é apenas mais um, de entre tantos dos mais de dois milhões de filhos que nasceram neste território com a esperança e o direito de ter acesso a tudo enquanto o senhor politico gosta de ter, usufruir e demandar dos cofres do erário publico, conjugado com as riquezas que o potencial natural é capaz de oferecer.
Á custa de certos discursos políticos desabonatórios, que agridem até a pedagogia universal e o principio da finesa, necessária à boa convivência civilizacional, vive-se uma tempestade de separação entre famílias e amigos, para não falar de ódio que se instalou no seio da sociedade guineense colocando irmãos de costas voltadas por causa da política partidária, não nos entendo, como se nunca falássemos a mesma língua, nem nos servido no mesmo cabaz, ou partilhado a agua da mesma fonte, termos dançado ao som da mesma tina e com as mesmas mãos empunhado o “tarsado” para a lavoura e numa única voz, gritado a liberdade que hoje nos garante o poder, que muitos de nós, os ditos políticos que se esquecem que o poder é do povo, se arriscam a desobedecer e fazer sofrer a este patrão - POVO. Tornando cada vez mais forte o grito da diferença insana que jamais se ouvira falar entre as raças, religião nem etnias nesta nossa santa e sagrada pátria.
Mais ridículo ainda é que a cada ciclo vencido - nunca convencido-, o fosso e a distancia entre a união dos guineenses se torna maior e se não for estancado, tende a ser abismal e em consequência, caótica, por causa dos políticos falhados que envés da concórdia, amor e da sabedoria, pregam-nos, a divisão com o mesmo vigor que o colono o fazia há mais de 50 anos e quando sente que a sociedade quer reagir, abusa do poder que tirou do povo, amara ao cinturão a arma mortífera para impor o medo e o silencio, esperando dali resultar a perpetuação de seu instinto frustrado, enquanto aponta exemplos de nações organizadas, esquecendo-se que os lideres destes países, usam como arma de combate aos desafios, a lei, seu cumprimento rigoroso e o trabalho serio e abnegado com respeito pelas instituições e seus dirigentes, garantindo-lhes todos os direitos legais, desde o salario, a proteção social, os transportes, o credito, a habitação, a saúde, enfim, a qualidade de vida.
Para alguns políticos tudo vale. O “vale tudo” parece ser um direito consagrado na vida cotidiana, o que é absolutamente lamentável. Alianças espúrias de toda a sorte são celebradas e firmadas por políticos e quase de todos os partidos, em detrimento dos reais anseios e desejos da sociedade nacional, alguns citados no paragrafo acima e vivamente sonegados. Alguns mentem em plena luz do dia, aliás mentiram, mentem e certamente vão continuar a faltar com a verdade, porque para eles esse “vale tudo”, hoje parece que ser político é assumir a mentira como linha mestra. É permitido mentir para chegar ao poder e assim fazer deste defeito uma “virtude” que já quer fazer escola. Sendo assim, o grito é de cortar este mal pela raiz, antes que o cancro se instale e a dor de sua cura seja cada vez mais custosa e sofrida.
A Política, que veio do Grego: politikos, significa algo relacionado com grupos sociais que integram a Polis , algo que tem a ver com a organização, direção e Administração de nações ou Estados. É o Direito, enquanto ciência aplicada não só aos assuntos internos da nação, política interna, mas também aos assuntos externos, política externa, cada vez mais necessária e importante, quando a voz do mundo hoje fala uma única linguagem: a da Paz, do respeito pelas normas e a consagração dos direitos humanos como bandeira a manter bem alto, enquanto fruto da democracia.
Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com o seu voto ou com sua militância.
Portanto ser político é uma vocação nobre, pois, é através dela que a cidade e as Sociedades se organizam. Ninguém organiza nem uma família, muito menos uma cidade, muito menos ainda uma sociedade inteira na mentira ou em falsas promessas.
Hoje em dia perdeu-se o sentido da ética, dignidade e honra. Faltar a verdade tornou-se coisa normal e durante a campanha eleitoral, agrava-se a cada dia a agressão mentirosa ao povo eleitor. Com a agravante de ninguém mais acreditar num político sério. Acostumado a mentira, habituados a votar por causa de uma camisola, saco de arroz, promessas não cumpridas levou, esta casta de politico, inconscientemente, está a fazer mal a este povo trabalhador, instalando nele o vírus da preguiça do pedinte do parasitismo, da dependência para no fim das contas continuar a ser humilhado, até a um novo ciclo.
O que leva a tantos desmandos e numerosas delações premiadas, longe da valorização humana, os quais deveria perseguir, com maior rigor e dignidade, pois, aí reside o essencial de seu trabalho – “…empunhar seu nome em pôr fim à dor…”, assim ordenou o herói do Povo.
A campanha eleitoral deixou de ser festa da democracia, mas sim um campo de batalha onde se vê claramente o ódio escondido nos corações dos políticos. Vê-se a falta de preparação porque as figuras políticas tornaram-se o programa de muitos partidos. Perdem tempo a falar da vida de outros políticos em vez de apresentar o programa eleitoral. Pouca vergonha! O projeto político abandonado por conta própria e vê-se o medo da derrota e ânsia de vencer a todo custo por causa do passado obscuro, a prepotência e arrogância senão mesmo a incapacidade de uma boa gestão da campanha eleitoral, trazendo o brilho que devia estar a festejar os resultados dos supostos investimentos que deveriam estar implementados, fazendo deste momento uma avaliação saudável, intelectual e progressiva.
Doutro lado a falta de esperança num futuro melhor parece envolver a todos, tamanho é o descalabro com o qual certos políticos guineenses, em larga escala, exibem a partir das suas condutas e posturas, em um jogo de interesse pessoal acima dos interesses da República. Uma corja se instalou no parlamento com raras e honrosas exceções.
Afinal de contas, em que mundo estamos vivendo?
Parece-me em um mundo cada vez mais virulento, truculento, hipócrita, cínico e mentiroso. Não se pode querer uma coisa e o seu contrário. Mas será esse o caminho democrático que queremos para Guiné Bissau? Mesmo se for o caminho, prefiro acreditar na dignidade, na decência, no caráter e na honradez do homem guineense. Queres governar reveja o teu passado e se de facto te perdoares, endireita-se e eu te perdoou, meu irmão!!!
As informações veiculadas nas diferentes plataformas e médias nos mostram, lamentavelmente, a real situação do guineense.
O que assistimos e ouvimos é algo repugnante.
Os escândalos de uma campanha eleitoral de ostentação de fundos enquanto o povo passa fome, constantes greves, a má campanha de castanha de cajú e de outras múltiplas gestões desastrosas, os abusos e violações das leis básicas da democracia, dia após dia, mostram claramente quão mentiroso é o político guineense. Isso demostra claramente quanto ódio o político guineense carrega no seu coração. E por muito tempo viverá uma grande crise de identidade moral, de valores, da política e da ética. Não é por acaso que os fins são sempre trágicos, como resultado da lei da natureza.
O político guineense é chamado à contenção e ao respeito pela diferença.
É imprescindível, que o povo veja, perceba quem é quem e saiba, ao final, separar o joio do trigo. 04 junho dá-nos mais uma oportunidade para fazer escolhas e ir às urnas depositar nossos votos, conscientes e livremente. Façamos isso por amor a nós mesmos, aos nossos familiares, por aqueles que ingloriamente perderam a vida e sobretudo para honrar o principio da ética e colocar o nome desta nação na lista dos povos bem-sucedidos, de onde nunca devíamos ter saído. O mundo espera por nós e e9is a grande oportunidade, na ponta de nossos dedos!
O nosso destino vai depender de como votarmos neste momento de abrir de novas esperanças. Os quatro anos são cruciais, porque neles podem morrer muitas pessoas, quer familiares, quanto conhecidos, mas, também, pode-se dar um passo gigante no arranque do país, rumo ao desenvolvimento.
Não se deve votar por causa de camisolas, chapéus, nem por afinidade familiar, étnico e religioso. Vote pela competência e pela verdade e pela justiça. Esta em causa sua dignidade.
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