O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assinou no início desta semana um novo decreto presidencial, concedendo amnistia a mais 3 mil e 600 membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
O chefe de estado colombiano cumpre assim um dos pontos do acordo de paz alcançado ano passado, no qual ficou estabelecido que todos os ex-rebeldes que não tenham cometido crimes graves deveriam receber amnistia.
Este novo decreto é mais um passo em direcção a uma paz duradoura, três semanas depois da conclusão do processo de desarmamaneto do grupo, que lutou durante décadas contra o regime colombiano.
Depois de três decretos assinados, já são mais de sete mil os rebeldes que receberam amnistia ou foram libertados das prisões colombianas. Os antigos gerrilheiros deverão agora iniciar um processo de reintegração social.
O desarmamento do grupo foi concluído em Junho passado, depois de quatro anos de negociações. As sete mil armas registadas em nome da facção foram entregues à missão das Nações Unidas no país. A ONU vai manter no terreno uma nova missão para supervisionar o cumprimento do acordo de paz estabelecido.
Tempos de paz
O processo de paz em curso é uma conquista histórica para o país. Os esforços de pacificação valeram ao presidente Juan Manuel Santos o Prémio Nobel da Paz em 2016.
As FARC, grupo de ideologia marxista, foi criado em 1964, tendo sido uma das guerrilhas mais consolidadas da América Latina. Os conflitos que duraram mais de meio século fizeram, de acordo com dados oficiais, mais de 250 mil mortos e milhões de deslocados.
Seguindo a mesma linha de acção o segundo grupo armado do país, o Exército de Libertação Nacional (ELM), também aceitou iniciar negociações de paz, que devem ser conduzidas no vizinho Equador.
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