Fatiando o orçamento para viagens e estadias, tendo em conta tratar-se de um país pobre que gera escassas receitas, poder-se-ia poupar qualquer coisa à volta dos 500 mil contos, uma verba que, se canalizada para a área social e transformada em investimento público, retiraria muita gente da pobreza extrema. É que, para Ulisses Correia e Silva, os dinheiros públicos servem para tudo o que é desnecessário, até para tentar comprar consciências.
Um número se destaca no Orçamento do Estado (OE) para 2025: só em gastos com viagens e estadias, passou-se de 700 mil contos este ano, para 1 (um) milhão e 100 mil contos no próximo ano.
Só por si, este pormenor do OE diz tudo sobre a natureza intrínseca de um governo gordo e despesista que desbarata dinheiros públicos em mordomias e borgas dos 26 membros do executivo liderado por Ulisses Correia e Silva, as mais das vezes viajando por razões fúteis e/ou em campanha eleitoral, numa confusão obscena entre interesses privados e o interesse público.
Fala-se muito em crise, em contensão de despesas, em poupança, mas o governo, ao contrário de dar o exemplo, é o primeiro a fazer despesas desnecessárias, podendo ser contidas, desde logo, através da redução significativa da estrutura do governo.
A crise nacional é o próprio governo
A questão de fundo é esta: a origem da crise, o fautor da crise nacional, é o próprio governo e a clientela que gravita à sua volta (os boys e as girl’s muito neoliberais que adoram mamar nas tetas do Estado)!
Fatiando o orçamento para viagens e estadias, tendo em conta tratar-se de um país pobre que gera escassas receitas, poder-se-ia poupar qualquer coisa à volta dos 500 mil contos, uma verba que, se canalizada para a área social e transformada em investimento público, retiraria muita gente da pobreza extrema.
MpD engordou a máquina do Estado
Nem vamos falar aqui, porque mais apropriado noutra circunstância, o que se pouparia com políticas de contenção das despesas com a máquina do Estado que, com este governo do MpD, tem vindo a engordar de uma forma sem paralelo na história da governação cabo-verdiana, nomeadamente, com a proliferação de institutos públicos, entidades reguladoras criadas segundo o apetite das clientelas e utilizadas para abafar vozes críticas compráveis por generosos salários…
É que, para Ulisses Correia e Silva, os dinheiros públicos servem para tudo o que é desnecessário, até para tentar comprar consciências.
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