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Apelando a uma “reflexão profunda” sobre os rumos da democracia cabo-verdiana, José Maria Neves defendeu que a política deve ser mais humana, inclusiva e centrada nos valores do amor à pátria.

Polidez, responsabilidade, serenidade, decência e patriotismo devem ser, segundo o presidente da República, o motor da atividade política.

Num registo irónico, José Maria Neves observou que “é muito bom que continue a chover”, realçando a chuva como símbolo de alegria, união e bem-estar coletivo, e advertindo contra a tentação de deixar que “instintos animais” se sobreponham ao humanismo, valor que distingue os grandes políticos e estadistas.

Aludindo haver uma tendência crescente de transformar adversários em inimigos, o que considera ser uma ameaça à nobreza da política e à própria democracia, o presidente da República alegou que “o poder democrático não pode ser uma questão de vida ou morte”, que a lógica de destruição do outro compromete o bem comum e defendeu um debate político que promova o “diálogo como fator determinante na construção da coesão nacional”.

C/Inforpress
Foto: Presidência da República