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Trabalhadores da ASA rejeitam redução de 20% do salário
Economia

Trabalhadores da ASA rejeitam redução de 20% do salário

Os trabalhadores da ASA recusaram a proposta de redução salarial em 20% apresentada pela empresa para evitar o lay-off e já avançaram com uma contra-proposta em que propõem ceder cinco dias do seu salário base mensal por um período de seis meses.

Em carta dirigida ao Conselho de Administração da ASA, com conhecimento do vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, os trabalhadores rejeitaram de pronto a solução de corte salarial proposto pela empresa como forma de evitar o lay-off sugerido antes pelos gestores alegando os impactos negativos da pandemia da Covid-19.

O Conselho de Administração, após o Governo proibir despedimentos nas empresas do Estado, recuou na ideia do lay off e avançou com uma proposta de redução em 20% do salário dos trabalhadores. Os sindicatos Sintcap e Sitthur, em reunião com o CA da ASA no passado dia 21 de Abril, chegou a apresentar, como contra-proposta, a redução de 15% do vencimento dos trabalhadores, isenção do pagamento de contribuições ao INPS (8,5%) e a manutenção dos subsídios e gratificações, em especial férias e refeições.

Mas os trabalhadores optaram, entretanto, por recusar ambas as propostas e submeteram uma outra à avaliação da ASA. Através dos sindicatos Sitthur e Sintcap, os trabalhadores da ASA propõem colocar à disposição da empresa o valor de cinco dias do seu salário base mensal, por um período de seis meses.

O montante cedido, exigem esses trabalhadores, terá de ser devolvido quando a ASA atingir um volume de negócios igual ou superior e 70% do volume de negócios referente a 2019. Essa devolução será feita mensalmente e a proposta ficaria sujeita a avaliação trimestral entre as partes.

Mais, os trabalhadores propõem colocar à disposição da empresa o valor das horas extras dos dias feriados, local e nacional, por um período de seis meses, mas exigem também a reposição imediata dos subsídios e gratificações, entretanto suspensas desde 1 de Abril.

“No que se refere à redução dos salários das chefias, os trabalhadores chamam a atenção da empresa e recomendam a sua regularização imediata, tendo em conta que a mesma não tem suporte legal”, lê-se no documento a que Santiago Magazine teve acesso.

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Redação