Norberta Tavares Semedo, conhecida por Berta, está indignada com a Televisão de Cabo Verde, que acusa de discriminação por não ter admitido o exercício do contraditório que ela acredita ter direito, no âmbito das acusações de que vem sendo vítima pela Câmara Municipal da Praia, em como ela tem uma casa própria e estaria a construir barraca para eventual negócio.
“O meu nome é Berta, sou conhecida no meio onde circulo e vivo, e ninguém nunca me viu com casa própria. Eu tinha, sim, uma casa com o meu companheiro, mas como ele me maltratava eu saí com os meus filhos e deixei-o para sempre”, afirma indignada, acrescentando que está a viver há 15 anos em Bela Vista, sempre em casas alheias, tomadas por arrendamento.
Berta, que considera as afirmações da vereadora de acção social da CMP, Ednalva Cardoso, de difamação contra a sua honra diz acreditar que esta servidora pública há de um dia colocar de certeza a mão na consciência para perceber que aquilo que ela fez não se faz a um ser humano.
“Eu sempre fui batalhadora, criei os meus filhos sozinha, sempre com a minha cara levantada e a minha dignidade nunca colocarei no chão”, observa, dizendo ainda que espera que a vereadora Cardoso venha lhe mostrar onde está a sua casa e assim entregar-lhe a respetiva chave.
Quanto à TCV, ela diz entender que violou o seu direito ao contraditório, uma vez que tomou o seu nome e número de telefone, não a tendo, no entanto, acompanhado para recolher o seu depoimento sobre as acusações da vereadora da CMP, Ednalva Cardoso, que a terá inclusive acusado de estar a agir a mando de partidos políticos.
“Eu nunca tive apoio de nenhum partido, ando de cara levantada, não sou menino de mandado”, avisa com repulsa.
Santiago Magazine tentou ouvir a versão dos responsáveis da Televisão de Cabo Verde, mas infelizmente não foi possível.
No jornal da noite, a TCV divulgou a notícia com o contraditório da Berta. Para Berta este trabalho devia ser feito logo no dia em que foi gravado o depoimento da vereadora Cardoso. Atualizado às 21 horas,
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