Sinais de desaceleração económica fazem Cabo Verde olhar para 2023 com “enorme preocupação”
Economia

Sinais de desaceleração económica fazem Cabo Verde olhar para 2023 com “enorme preocupação”

O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse hoje que o Governo de Cabo Verde está a olhar para o próximo ano com “enorme preocupação” no que diz respeito à evolução da economia internacional, tendo em conta os sinais de desaceleração.

“Estamos perante um contexto em que podemos contar com mais desaceleração económica, a medida que mais países vão entrando em recessão económica”, afirmou o ministro das Finança e do Fomento Empresarial e ministro da Economia Digital em conferência de imprensa de balanço da reunião do Gabinete de Crise sobre a implementação das medidas de mitigação adoptadas pelo Governo nos sectores da economia, energia e agro-alimentar.

Conforme este governante, as tendências persistem com consequências devastadoras para os mercados emergentes, mas também para as economias em desenvolvimento e, particularmente, para as pequenas economias insulares, como é o caso de Cabo Verde.

Segundo Olavo Correia, o aumento sincronizado da taxa de juros globais e as suas políticas monetárias relacionadas, provavelmente continuarão no próximo ano e podem não ser suficientes para trazer a inflação de volta aos níveis vistos antes da pandemia da covid-19.

“E este é o contexto com o qual estamos confrontados. Uma enorme crise internacional, na sequência de uma crise climática forte em Cabo Verde, as secas permanentes e profundas e continuadas, a crise provocada pela pandemia da covid-19 e os impactos directos provocados pela guerra na Ucrânia e agora, uma possível recessão económica no próximo ano”, disse.

Conforme Olavo Correia, ninguém pode esperar facilidades e há uma tendência para uma redução da actividade económica, uma tendência para um aumento da inflação e para um aumento das taxas de juros no mercado internacional, com consequências também a nível nacional.

Olavo Correia disse ainda que o governo tem dado respostas, conforme considerou, lembrando as medidas de políticas públicas adoptadas para actuar a vários níveis.

“Do ponto de vista da intervenção no que tange ao sistema alimentar, para garantir não só o abastecimento, mas também o nível de preço suportável para os nossos concidadãos, medidas ao nível do sector da electricidade e dos combustíveis, para fiscais financeiras entre outras, medidas para alargar a pensão social no regime não contributivo para mais 3 mil beneficiários, mas também para aumentar o número de beneficiários no que tange ao rendimento social da inclusão”, concluiu.

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