Deputados do PAICV denunciam, por indícios de corrupção, o processo de reestruturação da companhia aérea nacional e o “obscuro processo de ‘entrega’ dos voos domésticos à Binter”.
Uma semana depois de o Ministério Público revelar que abriu um processo crime contra os anteriores gestores da TACV por “suspeitas da prática de ilícitos penais de infidelidade e participação ilícita em negócios”, os deputados do PAICV decidem também apresentar queixa na Procuradoria geral da República contra a actual administração da companhia de bandeira nacional por indícios de corrupção e “obscuro processo de ‘entrega’ dos voos domésticos à Binter”.
Os eleitos nacionais do PAICV afirmam, em nota enviada às redacções, que “vêm alertando e solicitando ao Governo informações sobre esse Negócio, desde que o mesmo decidiu, inesperadamente, retirar os TACV dos voos internos e regionais, e entregar à Binter, ‘em regime de monopólio privado’, as rédeas deste setor crucial para o desenvolvimento do país”.
E, perante a recusa, “intencional e deliberada, por parte do Governo”, de facultar informações e explicar aos cabo-verdianos os meandros deste negócio com Binter e “tendo em conta a forma pouco transparente de gestão e de decisão sobre este importante dossier, de relevante interesse público (em que o Governo não faculta informações e nem dá acesso a dados que permitam aferir se está, ou não, a respeitar a lei vigente na matéria, e a salvaguardar os interesses do Estado de Cabo Verde), os “deputados do PAICV, em defesa da transparência e dos superiores interesses da Nação, decidiram denunciar, junto da Procuradoria-Geral da República, por indícios de corrupção, o processo de reestruturação ou liquidação dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV)”.
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